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quinta-feira, 1 de junho de 2023

TEÓLOGO KALL RAHNER liberdade cristã. Manual de teologia pastoral (1971-1972).

  Karl Rahner  reflete. 

Este trabalho quer tratar a liberdade cristã na ótica de Karl Rahner, o que implica o desafio de “libertar” o conceito de liberdade das reduções em que a palavra se encontra hoje aprisionada. Nesse sentido, “libertar” a liberdade significa retirar-lhe o peso do efêmero, que talvez seja a marca do homem da chamada pós-modernidade e que, no extremo, é o que escraviza impeditivamente o entendimento da liberdade cristã como “evento do eterno.

Mas não é só. Cuidar da liberdade que é cristã implica perceber a liberdade como uma misteriosa experiência, por seu caráter indissociável da relação do ser humano com Deus. Por isso, a liberdade que pretendemos “descobrir” nessas linhas tem sua origem encoberta no “mistério absoluto a que chamamos Deus”.

Tal relação somente será entendida no contexto hodierno se perseguir o exato sentido que ora a presente página assim delimita:

a tarefa de pensar o cristianismo através da sua configuração na cultura plural parece-me fadada à superficialidade meramente morfológica do fenômeno cristão [...] se nós não nos perguntássemos pela idéia, ou pela essência, ou pelo ato que produz a forma ou a figura cristãs como absolutas. Ab-solutas, no sentido rigoroso do termo, isto é, livres da relação, livres na relação; livres, assim, para a livre relação. A proposta que o estudo persegue

Assim é que esse estudo encontra a liberdade como a realidade da experiência transcendental. É quando o sujeito experimenta a sua própria ação não como um evento objetivo, mas como um evento subjetivo, que o homem experiência um acontecer salvífico, na medida em que o exercício da liberdade não se reduz a uma escolha efêmera, mas implica o evento, cujo objeto valorado é o próprio homem. Nas palavras de Rahner,

quando se entende realmente a liberdade, compreende-se que ela não é a faculdade de fazer isto ou aquilo, mas a faculdade de decidir sobre si mesmo e construir-se a si mesmo.

É esta a perspectiva que faz do exercício da liberdade um evento salvífico e que, por isso mesmo, implica trazer a concepção de salvação para a concepção de criação. Em sua sabedoria, Rahner defende que o homem, quando se aceita real e serenamente como criatura, se aceita como ser da liberdade e da responsabilidade, como o ser da diferença entre o que ele é e o que deve ser. Essa diferença pede ao cristão uma superação e, portanto, “um ‘não’ a alguma coisa e um ‘sim’ a outra coisa, a uma coisa melhor..

Desse modo é no exercício da sua misteriosa liberdade que o homem, num tempo único que lhe é dado pelo Criador, vai-se construindo, na história, na superação da diferença entre um “não” e um “sim”, ou seja, “entre a preguiça do seu espírito e o seu egoísmo, por um lado, e a luz da verdade, do amor, da fidelidade e do desinteresse, por outro. 

É diante disso que o tema da liberdade e o tema da criação se entrelaçam de tal maneira no cristianismo que se tornam indissociáveis na compreensão que se pretenda alcançar do que seja o homem.

 A estrutura metodológica que se utiliza

Neste ponto impõe-se esclarecer a estrutura deste trabalho, que é marcada pelo entrelaçamento e pela complexidade de suas questões, porque assim nos impõe a realidade do cristianismo, tal como o percebeu o autor sob estudo. Por isso, não perseguir esta complexa trama incorreria cair numa “temível simplificação”, conforme a advertência de Rahner:

Quem leva em consideração apenas uma parte dentro de um estado de coisas complexo, pode falar de um modo “claro”. Sua clareza, contudo, é tão-só a de um temível simplificateur (simplificador). Quando o objeto não permite que a sua realidade seja simplificada, é inevitável certa complicação na linguagem.

    Rahner recomenda ao leitor que vá penetrando na trama das reflexões que ele reconhece, também lhe foram difíceis. A ressalva é pertinente porque se observarmos os capítulos que se apresentam, poderia parecer que seus títulos, por si, apontam uma impermeabilidade, apontam uma seqüência estanque em que o primeiro traria a liberdade como mistério do Pai; o segundo trataria a liberdade como um evento salvífico e, portanto, discorreria sobre o Filho; e o terceiro encerraria a segunda parte, apresentando a missão do Espírito Santo, na autocomunicação de Deus ao ser humano.

  Tal não corresponde ao que se pretende porque como nos diz a clareza de Rahner, “assim não pode ser].  E não pode mesmo, pois quando “o Pai se nos dá a si próprio em absoluta autocomunicação mediante o Filho no Espírito Santo”, aí, está dada a experiência da “Trindade da história da salvação e revelação, e na qual fazemos a experiência da Trindade imanente”, ou seja, de como a Trindade é em seu ser mais íntimo, donde este trabalho pressupõe a ação da Trindade desde aqui e por todas as linhas até a conclusão, que melhor exporá a premissa trinitária que desde já se expôs.

  Dito isso, é a partir da afirmação de que a liberdade não se pode dissociar do tema da criação, que esta Primeira Parte luta por dar significado a uma teologia da criação que responda alguns problemas cruciais que desafiam a fé cristã – individual ou coletivamente –, no que tange à concepção de Deus, de ser humano e o papel desempenhado pela liberdade diante de ambos.

  Nesse sentido, será impossível reter a Primeira Parte apenas na análise da Primeira pessoa trinitária, ou seja, o Pai, uma vez que o cristianismo se funda na Revelação do Filho, que nos deixa seu Espírito, para que possamos atualizar a mensagem cristã de modo a que ela alcance os “confins do mundo”, sob a inspiração do Espírito de Jesus Cristo. Nesta Parte, desponta a liberdade como o mistério fundamental da relação entre Deus Pai e o ser humano, com o quê se espera tirar conseqüências do pensamento rahneriano para a experiência e a vivência cristã nos dias que correm.

  Na mesma linha, se o título pode sugerir que a Segunda Parte se exaure no exame da Segunda pessoa, ou seja, no Filho, o estudo mostrou-nos, de novo, o papel da liberdade de Deus Pai que quer revelar-Se por seu Filho, e nisso revela-Se por nosso Redentor. As implicações dessa revelação redentora, para a teologia da criação de nosso autor, desembocam no caminho de questões tais como o conhecimento de Deus, o encontro com o Deus homem e o significado a se atribuir ao mundo, à história e ao tempo, diante do misterioso evento salvífico que se dá na liberdade absoluta da autocomunicação de Deus pelo Logos.

   Finalmente, a Terceira Parte aborda a autocomunicação existencial pelo Espírito Santo mantendo o tema da autocomunicação. Portanto, carregando a missão do Filho e do Espírito Santo numa volta à liberdade transcendental, que deve ser entendida não como um conceito, mas como a experiência que permite ao homem, numa abrupta ruptura de si, a busca do caminho de Deus que se confunde

   KARL RAHNER. Curso fundamental da fé: introdução ao conceito de cristianismo, 2ª ed. SP: Paulus, 1989, 121. As próximas referências ao autor se farão como RAHNER e a esta obra pela abreviatura CFF.

  VÁZQUEZ MORO. A configuração do cristianismo numa cultura plural, Perspectiva Teológica, Belo Horizonte, no 70, 363-364, set./dez. 2003..

 RAHNER. In Publik-Forum, 23 de fevereiro de 1979, nº 4, 13. Apud H. VORGRIMLER. K. Rahner: experiencia de Dios em su vida y en su pensamiento. Santander: Sal Terrae, 2004, 23. Tradução brasileira: Karl Rahner: experiência de Deus em sua vida e em seu pensamento. SP: Paulinas, 2006, 25-6. As próximas referências a esta obra se farão pela abreviatura EDV, segundo a edição em Espanhol. 

 RAHNER. O Deus Trino, fundamento transcendente da história da salvação. Mysterium Salutis II/1, Petrópolis:Vozes, Cap. 5, seção I, 290. As próximas referências a este artigo se farão pela abreviatura. GOS CATÓLICOS, PROTESTANTES E ORTODOXOS.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

KARL RAHNER (1904-1985)

Um dos maiores teólogos católicos do século XX, Karl Rahner nasceu em Freiburg, na Alemanha, em 1904. Foi sacerdote jesuíta, ordenado em 1932. O teólogo Karl Rahner, foi um dos mais importantes e criativos teólogos da tradição católica no século XX, teve um papel fundamental no incentivo à abertura da igrejacatólica-romana às diversas tradições religiosas. Foi um dos principais assessores teológicos do Concílio Vaticano II.
 Em 1965 fundou a "Concilium", revista internacional de Teologia, com a colaboração de Yves Congar e Edward Schillebeeckx. Foi um pensador que influenciou muitos teólogos. Segundo muitos teólogos "todos bebemos em Rahner". O pensamento teológico na atualidade "é devedor, mas em profundidade, à reflexão deste alemão". O projeto de auto-comunicação de Deus; a relação da Antropologia com a Cristologia e a Igreja e o espírito são pontos essenciais da reflexão de Karl Rahner. Rahner estudou na universidade de Freiburg e acompanhou os cursos de Martin Heidegger, uma das influências decisivas na sua formação (outras influências importantes seriam Kant e o jesuita belga Joseph Maréchal). Karl Rahner passou a maior parte da sua vida ensinando teologia sistemática em cidades como Innsbruck e Munique. Deixou uma obra vastíssima, que inclui as "Investigações Teológicas", em 14 volumes. Karl Rahner faleceu em 1985.

Karl Rahner foi profundamente ligado à renovação da teologia católica e da Igreja. Desde 1948 foi professor de teologia dogmática em Innsbruck. Posteriormente lecionou também teologia nas Universidades de Munique e Münster. A partir de 1964, e durante três anos, participou dos trabalhos da comissão teológica do Vaticano ll, dando ao mesmo tempo cursos sobre a concepção cristã do mundo na Faculdade de Filosofia de Münster, onde sucedeu Romano Guardini. A aposentadoria de Rahner, em 1971, não interrompeu sua atividade científica e pastoral, já que continua sendo membro ativo do Sínodo Nacional da Alemanha.

Sua obra insere-se na corrente filosófica alemã de Heidegger, de quem foi discípulo, e nutrese do pensamento teológico alemão tanto católico quanto protestante. É uma teologia aberta e profundamente tradicional, mas fortalecida com um novo alento de vida e cultura moderna. Sua numerosa produção vai de 1941 a praticamente seus últimos dias, em 1985. Cabe assinalar as seguintes obras: Ouvinte da palavra (1941); Visões e profecias (1952); Liberdade de palavra na Igreja (1953); Missão e graça (1959); Cristologia (1972); Mudança estrutural da Igreja (1973); Curso fundamental da fé (1976). Muitos de seus escritos foram coletados nos Escritos de Teologia (1954-1975) e na coleção “Quaestiones disputatae” (iniciada em 1958). Dirigiu também as obras enciclopédicas Sacramentum mundi (1969) e Manual de teologia pastoral (1971-1972).

É, suas obras usadas em tcc e tese de doutorado em ciencia da religião. Tenho uma tese dedicada a ele


terça-feira, 23 de maio de 2023

ANIVERSÁRIO DE UM ANO IGREJA CASA DE ORAÇÃO MARÉ MANSA - RESIDENTE PRUDENTE SP

 

Pastor e Pastora Milton
 e Adriana
     Hoje é o dia deste lugar abençoado! Esta igreja que me acolheu quando precisei e que acolherá tantos neste seu novo ano, hoje completamos um ano de fundação como instituição religiosa Casa de Oração Maré Mansa em Presidente Prudente.

     Agradeço por estar aqui, ao lado de pessoas tão especiais, queridas e amadas e boas, celebrando mais um ano deste espaço chamado "Igreja". Nossa igreja é nossa segunda casa e é um lar para quem precisa.

   



  
Seguiremos obedecendo a vontade do Senhor, e construindo um espaço de paz e bem, neste novo ano que se completa com esse Culto de Ação de Graça!. Somos abençoados, quero dizer povo da igreja Maré Mansa um povo  abençoados por por Deus, termos uma segunda casa e um local tão belo de acolhimento. Vamos celebrar mais um ano desta igreja! A casa do Senhor e de todos nós, está completando mais um ano de existência e que alegria é fazer parte desta comemoração, assim se pronunciou em agradecimentos, diante dessa assembleia de membros, obreiros e convidados.
Pastores: Adriano e esposa

DISTINTIVO DO MINISTRO DO EVANGELHO? Paulo disse: “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (At 20.24). O veterano apóstolo Paulo, depois de fazer três viagens missionárias, está se despedindo dos presbíteros de Éfeso, em Mileto. Nessa despedida, ele faz um discurso eloquente, onde dá testemunho de sua conduta nos três anos que viveu na capital da Ásia Menor e oferece importantes conselhos aos líderes que darão continuidade à sua obra. O apóstolo Paulo, no texto em que ele fala sobre três marcas de um ministro do evangelho.                 1) Em primeiro lugar, um ministro do evangelho tem certeza de sua vocação. “… o ministério que recebi do Senhor Jesus…”. Paulo não era um voluntário, mas um homem chamado por Deus para ser apóstolo. Seu ministério não foi resultado de um comissionamento humano. Ele recebeu seu ministério do Senhor Jesus. A convicção do chamado é muito importante para aquele que trabalha na obra de Deus. É essa convicção que dá firmeza ao ministro do evangelho diante das adversidades. 
     Vocação não é sugestionamento, é convicção. É como algemas eternas ou como um fogo no coração. A distribuição das vocações é mais importante do que a distribuição das riquezas, pois quando uma pessoa trabalha numa área sem aptidão para o que realiza, ela não faz com eficiência nem com entusiasmo. Paulo foi separado por Deus não apenas para a salvação, mas também para ser um embaixador, a levar seu nome aos gentios.
       Deus o chamou Paulo para ser um pregador, um mestre, um defensor do evangelho. Em cumprimento ao seu chamado ele percorreu os mais longínquos rincões do império romano e plantou igrejas nas províncias da Galácia, Macedônia, a terra daquele homem que queria conquistar o mundo Alexandre O Grande, na Acaia e Ásia Menor. Saiba mais sobre o Apóstolo Paulo e suas cartas, neste evangelho que pregamos todos os dias de nossa vida: A Bíblia Sagrada.
Casal Presbítero
Cicero e Andreia

     2) Em segundo lugar, um ministério do evangelho precisa demonstrar abnegação. “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo contanto que complete a minha carreira”. "Todo cristão é um missionário ou e um hipócrita" frase do grande pregador mundialmente conhecido pelas suas obras literárias bíblicas Charles Haddon Spurgeon.
     Paulo não entrou para o ministério buscando vantagens pessoais, para auferir lucro e promoção humana. Ele foi chamado por Deus para dar sua vida. Estava consciente de que, para cumprir sua missão enfrentaria a oposição dos homens, a fúria de Satanás e a perseguição do mundo. Por onde passou foi apedrejado, fustigado com varas, preso, açoitado e escorraçado     Na sua jornada ministerial foi perseguido em Damasco, rejeitado em Jerusalém, esquecido em Tarso, apedrejado em Listra, açoitado e preso em Filipos, escorraçado de Tessalônica e enxotado de Beréia. Foi chamado de tagarela em Atenas, impostor em Corinto e enfrentou feras em Éfeso. Foi preso em Jerusalém e acusado em Cesareia. Enfrentou um naufrágio para Roma e foi picado por uma cobra em Malta. 
Erasmo Carlos esposa a esquerda Sandra,
a sogra a direita
evangelistas ele teólogo.
     Alem de todos esses sofrimentos ainda passou por duas prisões em Roma. Foi vítima de uma acusação leviana por parte de seus inimigos e de um abandono cruel de seus amigos. Mesmo enfrentando circunstâncias tão adversas e providências tão carrancudas, não considerava sua vida preciosa para ele mesmo. A única coisa que lhe importava era testemunhar o evangelho da graça e completar sua carreira com fidelidade.

    Que o exemplo de Paulo nos inspire a viver de forma abnegada, sabendo que todo aquele que segue a Cristo, precisa primeiro levar a sua cruz, consciente de que a cruz precede a coroa.         3) Em terceiro lugar, um ministro do evangelho precisa revelar paixão. Para testemunhar o evangelho da graça de Deus”. Testemunhar o evangelho da graça era o combustível que alimentava a alma desse bandeirante do cristianismo. Com respeito ao evangelho, todos nos cristãos temos um dever que é pregar ou simplesmente falar do evangelho nem que seja uma única frase, se alguém não te ouvir, siga não deixe ser levado pelas leviandades daqueles que são contra a te ouvir, sentia-se devedor, estava sempre pronto a pregá-lo e não se envergonhava dele, pois o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê.
     Irmãos em Cristo quero falar nesta noite de celebração, que o apostolo de Cristo chamado Paulo de Tarso, chegou mesmo a dizer: “Ai de mim, se não pregar o evangelho”. Ele pregava com saúde ou doente, em liberdade ou preso, de casa em casa ou publicamente, nas sinagogas ou nas praças. A pregação do evangelho inflamava seu coração e trazia brilho aos seus olhos.  
     Que o nosso coração seja despertado para redescobrirmos os valores sublimes do ministério. Que haja em nós convicção do chamado, disposição para sofrer pelo evangelho e paixão para pregar o evangelho. (Rev. Hernandes Dias Lopes)  
Visitem as  galerias de fotos da igreja Casa de Oração Maré Mansa
GALERIAS PUBLICAS DE FOTOS


Acesse o link Celebração". 1 ANO+ÁLBUNS COMPLETO:  

Publicado por Valdeci Fidelis










































 





























































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