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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

AGENDA URBANA

Artigos e Publicações
Série Debate
Centro de Estudos e Pesquisas em Politicas Sociais e Qualidade de Vida (CEPPS)
www.cepps.org.br
MUDANÇAS CLIMÁTICAS E AS CIDADES: ADAPTADO E A AGENDA
URBANA
As cidades poderão diminuir ou ate parar o aquecimento global. Grande parte
das emissões de gases de efeito estufa são resultado da produção de bens e
serviços usados pelas classes médias e altas de centros urbanos. Manter o
aquecimento global dentro de limites seguros demandara eficiência energética
da infra-estrutura urbana e sistemas produtivos que serão menos intensivos em
uso energia, principalmente a orientada do carbono.
Os paises desenvolvidos, grandes responsáveis pelo aquecimento global por
conta de suas emissões presentes e passadas, deverão tomar liderança nesse
processo e mostrar para o mundo que é possível fazer esta transição mantendo
altos níveis de qualidade de vida. Todavia, ações isoladas de alguns países
ricos, não resolverá o problema. Ações concretas e urgentes dos países em
desenvolvimento, não somente em relação a mitigação, mas sobretudo em
termos de adaptação para os impactos e sérios riscos associados as mudanças
climáticas.
As cidades mais expostas aos riscos estão na África, Ásia, América Latina e
Caribe. Elas apresentam baixa resiliencia e não dispõem de uma infra-estrutura
adequada. Pior, também não dispõem dos recursos financeiros necessários para
implementar as ações.
Entretanto, o problema não é so a falta de recursos financeiros. Muitas cidades e
governos locais não dispõem da competencia e capacidade tecnica necessaria
para adaptar, alem de apresentarem deficits sociais e de infra-estrutura
enormes. Na Ásia, África e América Latina, é comum ter metade das
populações urbanas vivendo em assentamentos humanos precários e informais,
sem acesso a água, saneamento básico, retenção de águas das chuvas e coleta de
resíduos sólidos. Muitos destes assentamentos estão em encostas ou próximos a
rios e córregos deixando centenas de milhões de pessoas expostas ao risco de
enchentes e deslizamentos de terras. Governos e governantes, ano após ano,
insistem em não construir a infra-estrutura básica necessária para amenizar e no
médio/longo-prazo extinguir esses problemas. Pelo contrário, políticos e
funcionários públicos estabelecem relações antagônicas com os mais
vulneráveis. Sem mudanças profundas na forma como governos locais lidam
com suas populações mais pobres, uma adaptação efetiva, de facto, não será
possível.
Os riscos associados as mudanças climáticas trazem custos sociais e financeiros
altos; e eles vêm aumentando de forma rápida nas últimas décadas. Estima-se
que algo em torno de 95% das mortes por desastres nos últimos 25 anos
ocorreram em países em desenvimento onde poucos têm acesso a seguros ou outra forma de proteção.