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domingo, 17 de março de 2019

SOIS SACERDOTES DO SENHOR

     SÓIS SACERDOTES UNIVERSAL BÍBLIA DE LUTERO

Resultado de imagem para SACERDOTE UNIVERSALDesde eu que anseie alcançar o dia de Cristo, o crente poderá fazer parte da Igreja-noiva, da “comunhão dos santos”. Aquele que é selado tem a tarefa de permanecer no seguimento, na imitação de Cristo e de se deixar preparar para a revinda de Jesus Cristo através da palavra e do sacramento.

Nono artigo de fé Crê que o Senhor Jesus há de regressar, tão certo como subiu ao céu, e que levará consigo as primícias dos mortos e vivos, que esperaram a Sua vinda e foram preparados, que depois das bodas no céu voltará à terra com estas, para edificar o Seu reino de paz, e que regerão com Ele como sacerdócio real.

Após conclusão do reino de paz, realizará o Juízo Final. Então, Deus criará um novo céu e uma nova terra e habitará com o Seu povo. O nono artigo de fé representa uma especificação escatológica e definida nas afirmações dos artigos segundo e terceiro (a vinda de Cristo, a ressurreição dos mortos, a vida eterna).

O caráter extenso deste artigo tem por mérito mostrar a grande importância que os acontecimentos futuros têm na fé da igreja evangélica de Jesus Cristo. O início do artigo remete para: “Os quais lhe disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Este Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11): “Esse Jesus, que de entre vós foi recebido em cima, no céu, há de vir, assim, como para o céu o vistes ir.” Além disso, o artigo retoma as afirmações escatológicas do segundo artigo de fé.

À revinda de Jesus Cristo está associada a promessa de que o Senhor “levará consigo as primícias dos mortos e vivos, que esperaram a sua vinda e foram preparados” (1Ts 4.16.17). As “primícias dos mortos e vivos” receberão um corpo espiritual e serão arrebatadas para junto do Cristo que virá. As primícias são aqueles que passaram a pertencer a Deus, que mantiveram viva a esperança na vinda do Senhor e que se deixaram preparar para a volta de Cristo.

E voltando o Senhor Jesus Cristo é um acontecimento central, do qual dependem outros acontecimentos escatológicos. O arrebatamento dos mortos e vivos culmina na comunhão com Jesus Cristo, representada pelas “bodas no céu”. As bodas no céu são o começo da eucaristia ou comunhão direta do Senhor com a Igreja-noiva. As “bodas no céu” têm uma permanência limitada; depois de terem completo, Jesus Cristo e os seus se consagrarão a todos aqueles homens que não compartilharam neste acontecimento. Daí, Jesus Cristo aparecerá visivelmente na terra onde edificará o “Seu reino de paz” (Ap 20.4-6), a igreja-noiva, cujo símbolo numérico é o número “cento e quarenta e quatro mil (Ap 14.1), participará na regência de Cristo como «sacerdócio real" (1Pe 2.9; Ap 20.6).

 O Evangelho será proclamado a todas as nações, aos vivos e aos mortos. Só «após conclusão do reino de paz, realizará [Jesus Cristo] o Juízo Final». Será quando toda a Criação reconhecerá que Jesus Cristo é o juiz justo, ao qual nada fica oculto (Jo 5.22-26-27), Na última frase do nono artigo de fé oferece uma visão da força criativa e futura de Deus: “Então, Deus criará um novo céu e uma nova terra e habitará com o seu povo.” A nova criação também é tematizada Capítulos: Apocalipse 21 e 22; é o espaço da presença perfeita de Deus. Que se diz Deus habitará com o Seu povo, trata-se de uma vivência totalmente nova com Deus, principalmente da “vida eterna”, da terra se fala no fim do terceiro artigo de fé.

     PODERES SOBRE AS AUTORIDADES DE DEUS NO ESTADO

 Creio que tenho a obrigação de obedecer às autoridades públicas, de que não haja leis divinas contrárias a isso; o décimo artigo de fé distingue-se nitidamente dos nove precedentes. Enquanto nesses artigos os objetos da profissão de fé eram a natureza criadora de Deus, o Filho e o Espírito Santo, com a igreja, os seus ministérios, bem como a esperança no futuro, o décimo artigo refere-se à afinidade do cristão com o Estado. 
O artigo décimo mostra abertamente que a vida cristã não provém fora da realidade da governação de um estado nem fora da realidade social do mundo em que vivemos. “Notamos que a fé cristã tem uma relação fundamental positiva com o Estado, e as autoridades públicas”. Come esta relação positiva se expressa no termo “dever de obedecer”. Na época neotestamentária, já se refletia a afinidade da comunidade dos cristãos com as autoridades do mundo (1Pe 2.11-17). As mais conhecidas são as narrações em Rm 13.1-7, onde o Estado é designado de “ministro de Deus”.


Este texto bíblico deu margem a muitos equívocos, pois parecia que era obrigado a satisfazer cegamente a um Estado de não direito. Então, esta interpretação não ajuíza o fato ponderável de o Estado ser ministro de Deus: ou seja, que a vontade divina, tal como ela se expressa nos dez mandamentos, também deveria ser o padrão usado para o direito do Estado. O texto bíblico em Rm 13.1-7 também é o fundamento do décimo artigo de fé. Este artigo não exige apenas "obediência" as "autoridades públicas", isto é, lealdade para com o Estado, todavia também que sejam sagrado os padrões que são aprovação a essa obediência: “desde que não haja leis divinas contrárias a isso”.

As autoridades também não estão totalmente livres: estão sujeitas à ordem divina. No mínimo, as suas leis não devem contradizer a ordem divina; preferencialmente até devem ser congruentes com ela. Se a vontade divina e a legislação do Estado não forem antagônicas, mas antes, de certa forma, complementares, então o cristão terá a obrigação de aceitar a segunda como algo positivo e vinculativo. Mas se forem antagônicas, então valerá para cada cristão o seguinte: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).

Fonte: Bíblia de Lutero
@iemissóes