
E comum observarmos casais que  mal conversam entre si, nem parece que  se amam, uma  das  causas, talvez, esteja na  ignorância do  que  os diferencia.  Respeitar os  interesses do homem no  lazer e no trabalho, e  os da  mulher com as atividades que lhes dão alegria, anima a ambos e reforça  a união. Do contrario, sobrevém frustrações e  ressentimentos.
Vemos no restaurante um casal que   sem  assunto e muito silencio! Talvez seja exagero, mas que  há  década  vimos  perdendo a habilidade  de conciliar as  diferenças entre os comportamentos masculinos e os  femininos.
Para o  convívio ser possível,  ambos  ou ao menos  um terá  que  ceder, senão correm o risco de despersonalizarem. Vou me ter  aqui a um  só  traço, que me  parece  importante, pois interferem amplamente nos modos  de convivência.
Quando as  diferenças estão  no auge, na infância, meninas e meninos pouco brincam juntos. Andam em bandos, formando clube do Bolinhas, logo que  se  vêem soltos num espaço qualquer.
As meninas, inventam brincadeira de faz-de-conta,  que são gente  grande, a maioria dos  folguedos masculinos  presupoe a um  grupo homogêneo, no qual as diferenças   aparecem  em jogar: disputam  velocidades, bola, e cesto.
Entre  as meninas, quase todos  os  jogos  são teatrinhos. As diferenças
 estão nos ensaio de  convivência assimétricas: mãe/filha, professora /aluna,   cantora/plateia,  espécie de exercício para quando crescerem.
Os esposos querem  filhos homem, eles correm, jogam, velejam de igual para igual. As esposas sonham em vestir  a menina/filha,  querem  ensina-la passo-a-posso a se tornar mulher, quase continuação do faz-de-conta. Observam-se na  interação  resquícios do brincar de  casinha, de escolinha, tenho observado isso com a minha neta de 4 anos que  sempre me  diz : vo vamos  conversar um pouco,  trazendo tudo  aquilo de meninas ou seja mãe/filha, professora/aluna.
Ao  atingir  a época do casamento, então homem e mulher levam suas vivência  tão diferentes para uma  nova  vida, os  rapazes deixam de  ir ao clube do bolinha, largando a parceria que  tinha  na  juventude,  mas  fica  ali  uma saudade que  mais  tarde pode tornar-se uma  síndrome de abstinência   com depressão e  ate  violência  como e visto  todos  os dias. E insensato mulheres/namoradas/noivas/esposas, procurarem  isola-los dos hábitos masculinos, interação que os  mantém curiosos, interessados, vivos, jovem.
Já as  moças, passam direto da  casinha aos  papeis inerentes a mulher adulta, exercida por  meio da individualização ( consciência de sua individualidade independente).  Os homens constroem  grupos, as  mulheres se  constroem. 
Se isso vem  da  cultura ou da  natureza, não posso dizer, mas que existem um efeito para  toda  causa, isso eu posso creditar, pois  muitos  episódio da vida  feminina, são construídos de   tarefas  individuais quase íntima, no âmago, hoje  já  são  comum  organizarem-se  grupos de  grávidas, de  lactentes ou outras  necessidade como dependência.
Diferenças entre  homens  em grupos em que  as  mulheres se individuando  sós a manifesta-se  em outro  aspecto importante. As mulheres cantam, falam, conversam entre  si sobre tudo que  fazem, que  sentem  ou penejam, mulher fala muito e pede  auxilio a outra  quando precisa, o homem é mais  conservador, sufocar a si mesmo.
A necessidade do  homem relatar é bem menor,  sempre no seu papel,  mulher  é aquela   que  procura  discutir a  relação, falar  sobre  sentimento  não é o forte  dos homens , ele gosta  de  papear, não sabe o que  dizer.
As tentativas de eliminar as diferenças na marra não dão bom resultados, se for  bem  sucedidas geram   silêncio, e tédio entre os  casais, que  não mais   deprimente  do  que  o silêncio  com o medo de  ouvir  o que  o outro tem a dizer.
A adaptação e as concessões tornam a vida ressentida e muito  marcante, a comunicação empobrece e  substitui ao silêncio.
Já na  terceira  idade, paradoxalmente as mulheres parecem mais  com os meninos que  elas não foram: elas buscam o que  querem, formam grupos, viajam em bando,  participam de projetos coletivo  coisas que  sempre individualizaram. 
Os  homens da  terceira idade, , ficam mais  caseiros, são  presentes  nas brincadeiras como os  netos e  atuantes  no cotidiano da  família (casa)- consertam, arrumam, levam,  trazem, vai ao super mercado, organiza casa e ficam mais sociáveis.
Talvez assim seja porque , na  velhice os  papeis  sociais e individuais  que a  natureza biológica de  cada  instaura e perdem o sentido, tornando-se  iguais  finalmente! no meio tempo é  preciso viver e  deixar  viver.  O jeito falante  de um e  fazedor  do outro tem   tudo a  ver  com a sobrevivência da  nossa  espécie, humana, meninos e meninas continuam diferentes enquanto interessa a natureza na  formação do caráter de  cada  um .
 
