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sábado, 5 de abril de 2025

HISTÓRIA LÍNGUA PORTUGUESA

 

HISTÓRIA LÍNGUA PORTUGUESA  Matéria escolar no blog

Principais Características da Cultura Afro-Brasileira Por Daniela Diana Professora licenciada em Letras.

  A cultura afro-brasileira remonta ao período colonial, quando o tráfico transatlântico de escravos forçou milhões africanos a virem para o Brasil. Assim, foi formada a maior população de origem africana fora da África. Esta cultura está marcada por sua relação com outras referências culturais, sobretudo indígena e europeia a qual está em constante desenvolvimento no Brasil. Características da Cultura Afro-Brasileira Uma das principais características da cultura afro-brasileira é que não há homogeneidade cultural em todo território nacional. A origem distinta dos africanos trazidos ao Brasil forçou-os a apropriações e adaptações para que suas práticas e representações culturais sobrevivessem. 

   Assim, é comum encontrarmos a herança cultural africana representada em novas práticas culturais. As manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos. Só deixaram de ser perseguidos pela lei na década de 1930, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas. Assim, elas passaram a ser celebradas e valorizadas, até que, em 2003, é promulgada a lei nº 10.639 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). Essa lei exigiu que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio tenham em seus currículos o ensino da história e cultura afro-brasileira.

   Os dois grupos de maior destaque e influência no Brasil são: os Bantos, trazidos de Angola, Congo e Moçambique; os Sudaneses, oriundos da África ocidental, Sudão e da Costa da Guiné. Devemos ressaltar que as regiões mais povoadas com a mão de obra africana foram: Bahia, Pernambuco, Maranhão, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul. Isso devido à grande quantidade de escravos recebidos (região Nordeste) ou pela migração dos escravos após o término do ciclo da cana-de-açúcar (região Sudeste). Veja também: Lendas Africanas Aspectos da Cultura Afro-Brasileira De partida, temos de frisar que a cultura afro-brasileira é parte constituinte da memória e da história brasileira e que seus aspectos transbordam as margens desse texto. 

    Ela compõe os costumes e as tradições: a mitologia, o folclore, a língua (falada e escrita), a culinária, a música, a dança, a religião, enfim, o imaginário cultural brasileiro. Veja também: Arte Africana: a riqueza cultural desse grande continente As Festividades Populares Festa de Yemanjá O Carnaval, a maior festa popular brasileira, celebrada no início do ano e mobilizando a nação. A Festa de São Benedito, principal festa do Congado (expressão da cultura afro-brasileira), comemorada no final de semana após a Páscoa. 

   E, por fim, a Festa de Yemanjá, realizada no dia 2 de fevereiro. Conheça a História e Origem do Carnaval. A Música e a Dança Djembê, Tambor Africano A influência afro-brasileira está patente em expressões como Samba, Jongo, Carimbó, Maxixe, Maculelê, Maracatu. Eles utilizam instrumentos variados, com destaque para Afoxé, Atabaque, Berimbau e Tambor. Não podemos perder de vista que estas expressões musicais são também corporais.

   Elas refletem nas formas de dançar, como no caso do Maculelê, uma dança folclórica brasileira, e do samba de roda, uma variação musical do samba. Temos outras expressões de música e dança como as danças rituais, o tambor de crioula, e os estilos mais contemporâneos, como o samba-reggae e o axé baiano. Finalmente, merece destaque especial a Capoeira. Ela é uma mistura de dança, música e artes marciais proibida no Brasil durante muitos anos e declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade em 2014. 

    A Culinária Acarajé A culinária é outro elemento típico da cultura afro-brasileira. Ela introduziu as panelas de barro, o leite de coco, o feijão preto, o quiabo, dentre muitos outros. Entretanto, os alimentos mais conhecidos são aqueles da culinária baiana, preparados com azeite dendê e pimentas. Destacam-se Abará, Vatapá e o Acarajé, bem como o Quibebe nordestino, preparado com carne-de-sol ou charque; além dos doces de pamonha e cocada E, por fim, o prato brasileiro mais conhecido de todos: a feijoada. Ela foi criada pelos escravos como uma apropriação da feijoada portuguesa e produzida a partir dos restos de carne que os senhores de engenho não consumiam. 

   Veja também: Máscaras africanas: importância e significados A Religião Culto de Candomblé A religião afro-brasileira se caracterizou pelo sincretismo com o catolicismo, donde unia aspectos do cristianismo às suas tradições religiosas. Isso ocorreu para que eles pudessem realizar as práticas religiosas africanas secretamente (associação de santos com orixás), uma vez que a conversão era apenas aparente. Assim, nasceram do sincretismo Batuque, Xambá, Macumba e Umbanda, enquanto se preservaram algumas variações africanas da Quimbanda, Cabula e o Candomblé. 

  Leia também: Orixás do Brasil Formação do povo brasileiro:

 história e miscigenação Afoxé Personalidades Negras Brasileiras Mulheres negras inspiradoras Movimento Negro Origem do Dia da Consciência Negra Questões sobre cultura Daniela Diana Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line. .

domingo, 17 de março de 2019

SOIS SACERDOTES DO SENHOR

     SÓIS SACERDOTES UNIVERSAL BÍBLIA DE LUTERO

Resultado de imagem para SACERDOTE UNIVERSALDesde eu que anseie alcançar o dia de Cristo, o crente poderá fazer parte da Igreja-noiva, da “comunhão dos santos”. Aquele que é selado tem a tarefa de permanecer no seguimento, na imitação de Cristo e de se deixar preparar para a revinda de Jesus Cristo através da palavra e do sacramento.

Nono artigo de fé Crê que o Senhor Jesus há de regressar, tão certo como subiu ao céu, e que levará consigo as primícias dos mortos e vivos, que esperaram a Sua vinda e foram preparados, que depois das bodas no céu voltará à terra com estas, para edificar o Seu reino de paz, e que regerão com Ele como sacerdócio real.

Após conclusão do reino de paz, realizará o Juízo Final. Então, Deus criará um novo céu e uma nova terra e habitará com o Seu povo. O nono artigo de fé representa uma especificação escatológica e definida nas afirmações dos artigos segundo e terceiro (a vinda de Cristo, a ressurreição dos mortos, a vida eterna).

O caráter extenso deste artigo tem por mérito mostrar a grande importância que os acontecimentos futuros têm na fé da igreja evangélica de Jesus Cristo. O início do artigo remete para: “Os quais lhe disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Este Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11): “Esse Jesus, que de entre vós foi recebido em cima, no céu, há de vir, assim, como para o céu o vistes ir.” Além disso, o artigo retoma as afirmações escatológicas do segundo artigo de fé.

À revinda de Jesus Cristo está associada a promessa de que o Senhor “levará consigo as primícias dos mortos e vivos, que esperaram a sua vinda e foram preparados” (1Ts 4.16.17). As “primícias dos mortos e vivos” receberão um corpo espiritual e serão arrebatadas para junto do Cristo que virá. As primícias são aqueles que passaram a pertencer a Deus, que mantiveram viva a esperança na vinda do Senhor e que se deixaram preparar para a volta de Cristo.

E voltando o Senhor Jesus Cristo é um acontecimento central, do qual dependem outros acontecimentos escatológicos. O arrebatamento dos mortos e vivos culmina na comunhão com Jesus Cristo, representada pelas “bodas no céu”. As bodas no céu são o começo da eucaristia ou comunhão direta do Senhor com a Igreja-noiva. As “bodas no céu” têm uma permanência limitada; depois de terem completo, Jesus Cristo e os seus se consagrarão a todos aqueles homens que não compartilharam neste acontecimento. Daí, Jesus Cristo aparecerá visivelmente na terra onde edificará o “Seu reino de paz” (Ap 20.4-6), a igreja-noiva, cujo símbolo numérico é o número “cento e quarenta e quatro mil (Ap 14.1), participará na regência de Cristo como «sacerdócio real" (1Pe 2.9; Ap 20.6).

 O Evangelho será proclamado a todas as nações, aos vivos e aos mortos. Só «após conclusão do reino de paz, realizará [Jesus Cristo] o Juízo Final». Será quando toda a Criação reconhecerá que Jesus Cristo é o juiz justo, ao qual nada fica oculto (Jo 5.22-26-27), Na última frase do nono artigo de fé oferece uma visão da força criativa e futura de Deus: “Então, Deus criará um novo céu e uma nova terra e habitará com o seu povo.” A nova criação também é tematizada Capítulos: Apocalipse 21 e 22; é o espaço da presença perfeita de Deus. Que se diz Deus habitará com o Seu povo, trata-se de uma vivência totalmente nova com Deus, principalmente da “vida eterna”, da terra se fala no fim do terceiro artigo de fé.

     PODERES SOBRE AS AUTORIDADES DE DEUS NO ESTADO

 Creio que tenho a obrigação de obedecer às autoridades públicas, de que não haja leis divinas contrárias a isso; o décimo artigo de fé distingue-se nitidamente dos nove precedentes. Enquanto nesses artigos os objetos da profissão de fé eram a natureza criadora de Deus, o Filho e o Espírito Santo, com a igreja, os seus ministérios, bem como a esperança no futuro, o décimo artigo refere-se à afinidade do cristão com o Estado. 
O artigo décimo mostra abertamente que a vida cristã não provém fora da realidade da governação de um estado nem fora da realidade social do mundo em que vivemos. “Notamos que a fé cristã tem uma relação fundamental positiva com o Estado, e as autoridades públicas”. Come esta relação positiva se expressa no termo “dever de obedecer”. Na época neotestamentária, já se refletia a afinidade da comunidade dos cristãos com as autoridades do mundo (1Pe 2.11-17). As mais conhecidas são as narrações em Rm 13.1-7, onde o Estado é designado de “ministro de Deus”.


Este texto bíblico deu margem a muitos equívocos, pois parecia que era obrigado a satisfazer cegamente a um Estado de não direito. Então, esta interpretação não ajuíza o fato ponderável de o Estado ser ministro de Deus: ou seja, que a vontade divina, tal como ela se expressa nos dez mandamentos, também deveria ser o padrão usado para o direito do Estado. O texto bíblico em Rm 13.1-7 também é o fundamento do décimo artigo de fé. Este artigo não exige apenas "obediência" as "autoridades públicas", isto é, lealdade para com o Estado, todavia também que sejam sagrado os padrões que são aprovação a essa obediência: “desde que não haja leis divinas contrárias a isso”.

As autoridades também não estão totalmente livres: estão sujeitas à ordem divina. No mínimo, as suas leis não devem contradizer a ordem divina; preferencialmente até devem ser congruentes com ela. Se a vontade divina e a legislação do Estado não forem antagônicas, mas antes, de certa forma, complementares, então o cristão terá a obrigação de aceitar a segunda como algo positivo e vinculativo. Mas se forem antagônicas, então valerá para cada cristão o seguinte: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).

Fonte: Bíblia de Lutero
@iemissóes