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Teólogo Valdeci Fidelis 0826/2013 CFTPB. Não compreendeis ainda? Mc 8:21. Jesus é Salvação Eterna. Deus jamais inspira desejos no caminho da perfeição, sem fornecer os meios de exercitá-los. Porque sua vida de oração evidencia- nos ainda mais o espírito de renúncia, cujos desejos de unção com Deus não conhece limites. Semeando a Palavra; e reflexões divinas; Caminho da Luz e Cristo em Mim, Servo do Senhor Jesus.
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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
Numa sociedade fragmentada e raivosa, onde estão os pacificadores?
Este texto tem a coloboração do Sepal, onde a igreja tem prestado muitos auxilios nas catastrofes. Segue o texto na integra da tradução da intrevista para o conteudo do site Sepal.
Entrevista: A paz é um tema em evidência nas Escrituras Sagradas. Deus é adjetivado como o Deus da paz (Rm. 15.33; 16.20; 1 Co.14.33), o seu reino é um reino de justiça, alegria e paz (Rm. 14.17) e Jesus é chamado de príncipe da paz (Is. 9.6). Diante de um Deus que se revela como um Deus de paz é natural que em vários momentos a Bíblia encoraje o povo de Deus a buscar a paz, como orienta o salmista: “Aparta-te do mal e faze o bem; procura a paz e segue-a” (Sl. 34:14).
Na verdade, a paz aparece no texto sagrado não apenas como uma característica do povo de Deus ou como algo que se deva buscar, mas sim como fruto do Espírito (Gl. 5.22), ou seja, a paz frutifica naturalmente na vida daqueles que se entregam a Jesus e que buscam viver de acordo com os seus ensinos. Não é à toa que em seu famoso Sermão do Monte Jesus se refere a seus seguidores como pacificadores (Mt. 5.9).
Se o povo de Deus é instigado a buscar viver em paz com todos, onde está esse povo numa sociedade cada vez mais fragmentada, dividida e raivosa? O que estão fazendo os pacificadores em tempos marcados pela intolerância e pelo discurso de ódio? Em dias de tanta desinformação e divulgação de fake-news, o que estão proclamando os que possuem a missão de proclamar boas-novas e paz?
Já vimos que a paz é intrínseca ao evangelho e ao povo de Deus. Mas basta uma rápida pesquisa na internet e você encontrará dezenas de resultados relacionando evangélicos com discursos de ódio. Claro que não podemos tirar conclusões de uma rápida busca na web, no entanto, são sinais que precisam ser analisados e discutidos.
É importante destacar que o “discurso de ódio é a expressão do pensamento que desqualifica, humilha e inferioriza indivíduos e grupos sociais caracterizados e estigmatizados com objetivo de propagar a discriminação desrespeitosa para com todo aquele que possa ser considerado “diferente”, seja em razão de sua etnia, religião, orientação sexual, condição econômica, gênero, cor, deficiência mental ou física”.[i]
Em um bate-papo online abordando a questão da construção de paz em tempos de polarização, o teólogo Valdir Steuernagel comenta que a cultura do ódio se alimenta quando alguém superestima a sua bondade e subestima a bondade do outro, pois, segundo ele, é muito mais fácil criticar a miséria alheia do que deixar o próprio nariz atento ao esgoto que carregamos em nosso coração.
Conversamos com o teólogo e escritor Maurício Zágari sobre como o discurso de ódio se manifesta no meio evangélico, como as Escrituras respondem a isso e como podemos agir biblicamente para combater discursos que causam divisão na sociedade e nas igrejas. Confira a entrevista.
Como você conceitua o discurso de ódio e como percebe esse fenômeno no meio evangélico?
Maurício Zágari – Existem diferentes definições sociológicas para “discurso de ódio”, mas eu, pessoalmente, o defino como aquele que se posiciona de modo intolerante, surdo e agressivo com relação a quem pensa diferente. Esse discurso se tornou muito presente no meio evangélico nos últimos anos e se manifesta no posicionamento de temas ligados, principalmente, a crenças doutrinárias, teológicas, políticas e/ou ideológicas. Dentre os exemplos, vemos argumentações como “Não pode ser cristão e ser de esquerda/direita”, “Arminianismo não é cristianismo”, “Temos de acabar com o pentecostalismo” e tantos outros.
Por que o “discurso de ódio” está em destaque em nossos dias?
Maurício Zágari – O advento das redes sociais deu voz a qualquer pessoa, sem a necessidade de ter uma grande estrutura de comunicação por trás, como ocorria até bem poucos anos atrás. Com isso, todo esse ódio tornou-se visível como nunca antes. O ódio pelo diferente e pelo divergente sempre houve, mas, com as mídias sociais, ganhou espaço para se fazer ver e ecoar a sua voz.
O evangelho confronta o pecador. É possível confrontar sem ofender ou desrespeitar?
Maurício Zágari – É perfeitamente possível, basta seguir o que Paulo nos ordena em 2Timóteo 2.24-26: “O servo do Senhor não deve viver brigando, mas ser amável com todos, apto a ensinar e paciente. Instrua com mansidão aqueles que se opõem, na esperança de que Deus os leve ao arrependimento e, assim, conheçam a verdade. Então voltarão ao perfeito juízo e escaparão da armadilha do diabo, que os prendeu para fazerem o que ele quer”. Perceba: o confronto não se dá por ataques e ódio, mas por ensino e instrução, e isso com amabilidade, paciência e mansidão.
Com a motivação de “defender os valores cristãos”, alguns podem acabar escorregando no discurso de ódio? Se sim, como evitar isso?
Maurício Zágari – Não só podem, como muitos têm feito isso em alta voz e à plena luz do dia. O meio de evitar isso é começar a agir como os mártires do Coliseu e não como cruzados — em outras palavras, como verdadeiros cristãos.
Alguns usam a passagem de 1 Pedro 3.15 para travar debates acalorados e “defender o evangelho”. Essa passagem nos dá base para isso? Aliás, o evangelho precisa ser defendido?
Maurício Zágari – 1Pedro 3.15 diz que devemos estar preparados para explicar a nossa esperança. Explicações podem ser dadas sem conflitos, atritos ou defesas. O texto fala de uma exposição, e não de uma imposição, de verdades. Uma análise sistemática desse conceito confirma que o modo de fazer isso é com paciência e mansidão e não com agressões e ódio.
Quanto ao evangelho precisar de defesa, basta vermos as palavras de Cristo diante de Pilatos. Ali está o conteúdo e o modo de expor esse conteúdo que um pregador do evangelho deve adotar.
Você já foi alvo de discurso de ódio? Se sim, como lidou com a situação e o que você recomenda para quem se sentir vítima de situações semelhantes?
Maurício Zágari – Antes de ser alvo, preciso dizer que já fui promotor de discurso de ódio. Anos atrás, eu convivi num ambiente muito sectário, que estimulava esse tipo de comportamento diabólico. Foi necessário que eu passasse por um longo processo de compreensão das Escrituras e renovação da mente para perceber que eu estava usando as armas do diabo para defender Deus. Eu pecava “em nome de Jesus”. Isso, óbvio, é o suprassumo da contradição e fico feliz por o Senhor me ter aberto os olhos e me feito amadurecer em minha espiritualidade.
Hoje, como sempre evito entrar por discussões do tipo, sou alvo com frequência de discurso de ódio. Por evitar me identificar com os extremos agressivos, sou chamado com constância de “em cima do muro”, “crente morno”, “fascista”, esquerdopata”, “capitalista”, “comunista”, “hipócrita” e coisas do tipo. A forma de lidar com isso é não pôr lenha na fogueira, mas pacificar, com mansidão e graça. E, se você vir que o diálogo é impossível, encerrá-lo, desejando a paz a quem se opõe.
Os evangélicos precisam combater os discursos de ódio? Como?
Maurício Zágari – Sim, pois o discurso de ódio não encontra lugar no evangelho do Príncipe da Paz. Fomos chamados para o amor, a graça, a misericórdia e a compaixão e não para o ódio. A forma de combatê-lo é, principalmente, não se deixando enredar por ele e fazendo o que estou fazendo aqui, à luz de 2Timóteo 2.24-26: ensinar e instruir, com mansidão, amabilidade e paciência, na esperança de que Deus leve os odiosos ao arrependimento.
Qual a sua receita para vivermos um 2022 com mais paz e menos ódio?
Viver de fato o evangelho de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, e não uma caricatura belicosa da mensagem da cruz.
—–
O evangelho da paz e o discurso de ódio
Essas e outras questões foram abordadas por pensadores cristãos no livro “O evangelho da paz e o discurso de ódio”, organizado por nosso entrevistado, Maurício Zágari, publicado pela Godsbook e Thomas Nelson Brasil. A tese da obra reconhece que profundos abismos político-ideológicos tomaram conta do país, dividiram nossa sociedade, afastaram amigos, provocaram ofensas entre familiares, configurando um cenário no qual o ódio passou a dominar muitos corações. O texto de apresentação do livro afirma que os cristãos também foram contaminados pelo espírito dos tempos e muitos seguidores do Príncipe da Paz passaram a adotar uma mentalidade agressiva e um discurso de ódio. Diante deste cenário, o livro apresenta valiosas reflexões sobre o problema da falta de paz e unidade no discurso cristão.
Por Phelipe Reis | Jornalista e colaborador de conteúdo para o site Sepal.
domingo, 9 de janeiro de 2022
LIVRO DEUTERONÔMIO CAPÍTULO 22
LIVRO DEUTERONÔMIO CAPÍTULO 22 ESCRITO POR VOLTA DE 1451 a. C
Hoje com esse texto bíblico tenho a certeza de concordar com muitos teólogos que as vezes são desconsiderados nos meios evangélicos cristãos, começando pelo capitulo 22 no verso 5 que descreve o autor de Deuteronômio Moisés, um servo que representava a esperança de um MESSIAS na promessa de Deus, acerca das vestes do homem e da mulher:
Diz: 5 – A mulher não usará roupas de homem, e o homem não usará roupas de mulher, pois o Senhor, o seu Deus, tem aversão por todo aquele que assim procede.
V 5-Explicação:
“A
diferença divina instituída entre os sexos seria observada como algo sagrado e,
para fazer isto. O vestido citado como também as outras coisas que tinha a ver
com a pessoa mesmo não deveria o outro fazer quer dizer usar. Algo que tinha
que ver com tendencia de radicar a diferença dos sexos tem tendência de
licenciosidade”; portanto para diferenciá-los, os homens das mulheres que nessa
(naquela época) se vestiam de mantos; obviamente o manto do homem era diferente
do manto da mulher. Às vezes, hoje, na atualidade que vivemos, as mulheres se
vestem de modelos semelhantes às roupas dos homens. Entretanto, como é óbvio,
os que se vê num homem.
Por isso, significa que sejam semelhantes aos dos homens. Existem hoje as observações na atualidade a quem queira se atualizar observando as abotoaduras, cortes e costuras, mas o social será observar no fechamento das partes abertas como: camisas de homem e todas roupas do homem as aberturas de casa de botões estão à esquerda, como na calça e seguem para as mulheres a direita, esse é a ética de aos homens andar com sua companheira do lado esquerdo, lado do coração, ficando livre a mão direita para os cumprimentos aos amigos.
V 8 - quando algum de vocês construir uma casa
nova, faça um parapeito em torno do terraço, para que não traga sobre a sua
casa a culpa de derramamento de sangue inocente, caso alguém caia do terraço.
Explicação:
v-8 Diz: “Antigamente as casas
tinha Cenáculo e eram planas o teto nesta parte do mundo do antigo Testamento,
além disso, durante o verão quente e muito calor era muito longo o período, os
membros da família, ou outros, deitavam-se sobre o teto plano para se refrescar
e desfrutar de uma brisa noturna; uma mureta (ou muro de arrimo) deveria ser
erguida ao redor do teto que era plano para servir de amparo.
V 9 – diz: não plante dois tipos de semente em
sua vinha, se o fizerem, tanto a semente que plantarem como o fruto da vinha
estarão contaminados.
Explicação: Conforme a palavra de Deus diz que sendo um povo escolhido dentre todos os povos que estão sobre a face da terra para que lhe sejas o seu próprio povo, aqui o senhor diz que Israel tinha que receber a Palavra do Senhor e dá-la ao mundo; além disso, seria a matriz do Messias, dali pois todas as restrições e todas as restrições foram feitas com propósito de Israel (Deut.14: 2)
V 10 – não arem a terra usando um boi e um
jumento sob o mesmo jugo:
Explicação; V 10 – Este verso afirma
que não ponham um jugo desigual com os incrédulos; pois que a sociedade tem a
justiça com a injustiça? Ou que comunhão tem a luz com as trevas?
V 11- Não use roupas de lã e de linho
misturando no mesmo tecido:
Explicação: v 11
Com respeito a isto. Willians disse: “O ensino
misto, como as sementes mistas, produz esterilidade. Na criação das coisas e do
mundo em (Gn 1), não havia mistura; e, dali fecundidade. Toda semente era
“segundo a sua espécie; e declarado bom” Por Deus.
A
semente que falamos é a semente que os Ministros e os operários Cristãos
semeiam tem que ser a Palavra de Deus sem mistura, A sua Palavra não se mistura
com a filosofia do homem. Cristo, o Verdadeiro Ministro, disse: Dei-lhes a Tua
Palavra” ‘Não falei dor Minha própria conta. “boi era limpo, o jumento Imundo:
Juntos formavam um jugo desigual. Quer dizer quando os cristãos se unem com o
não convertido na obra cristã, ou nos negócios, é um jugo desigual, e nunca
desfruta da aprovação Divina”.
V 21 – Ela será levada a porta da casa do seu
pai e ali os homens da sua cidade a apedrejarão até a morte. Ela cometeu um ato
vergonhoso em Israel, prostituindo-se enquanto estava na casa de seu pai.
Eliminem o mal do meio de vocês:
Explanação 21:
A não de Israel tinha que se manter pura ou purificada,
ao menos assim que fosse possível, por que? Como se disse, tinha que servir
como matriz para o Messias. Como tal, a imoralidade tem que ser despojada e, se
não, as penalidades severas, como as citadas sobre até mortes, tinha que ser
impostas
V 24 – Levem os dois a porta daquela cidade e
apedrejem-nos até a morte: a moça porque estava na cidade e não pediu socorro,
e o homem porque desonrou a mulher doutro homem. Eliminem o mal do meio de
vocês:
Explicação:
V 24- No evangelho de João 8;3- Diz: “Os mestres
da lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Fizeram-na
ficar em pé diante de todos” e disseram a Jesus “Mestre, esta mulher foi
surpreendida em ato de adultério. Na lei de Moisés nos ordena apedrejar tais
mulheres. E o Senhor, que diz? Todos sabemos o que disse o Mestre Aquele que
não tiver pecado lhe atire a primeira pedra?
Quando Jesus pôs-se de pé e perguntou-lhe:
“Mulher onde estão eles? Ninguém a condenou?”
Este era
o caso da donzela que foi levada a Jesus pelos os fariseus, descrito em texto
bíblico, agora observamos a diferença que conta em todo capitulo 22 trouxeram a
mulher, mas não trouxeram o homem. Estavam tão preparados para apedreja-la,
fato que utilizaram para pegar Jesus Cristo numa armadilha, assim eles
planejaram. É óbvio, que a sua estratégia não funcionou; entretanto, a Lei
tinha que ser guardada por Cristo. Então, como poderia dizer a ela, ao dar se
conta sem dúvida alguma que ela era culpada de adultério, disse Jesus: “Nem Eu
te condeno; vai-te, e não peques mais (João 8;11) Aqui já entra a missão de
Cristão observar e ouvir e não testemunhar com o falso testemunho.
Deuteronômio Chave:
Obediência. Deuteronômio: Repetição da Lei.
Resumo:
O quinto
livro na lista do Antigo Testamento escrito por Moisés, nome do livro de
Deuteronômio, ou "segunda lei", sugere sua natureza e propósito.
Figura, segundo consta em nossas Bíblias, como o último dos cinco livros de
Moisés, fazendo um resumo e pondo em relevo a mensagem que os quatro livros
precedentes contêm. Não significa isto que se trata de mera repetição do que
ficou dito anteriormente (Repetição da Lei). Sem dúvida, Deuteronômio faz parte
dos acontecimentos históricos que se deram previamente, em particular no Êxodo
e em Números. Contudo vai além destes relatos visto que os interpreta e os
adapta.
Através
deste livro, os acontecimentos estão repletos de significado. Moisés como foi
educado no palácio de Faraó, tinha conhecimentos Enciclopédicos e muita
sabedoria, uma imitação do Cristo vindouro anunciado por Isaías; proporciona-nos
bastante história; mas em quase todos os casos relaciona os acontecimentos com
a lição espiritual que sublinham. Toma a legislação que Deus dera a Israel
havia quase 40 anos, e adapta-se às condições de vida da coletividade na terra
para a qual Israel se mudaria em breve.
Quando
este livro foi escrito, a nação de Israel se encontrava na terra de Moabe, ao
leste do rio Jordão e do mar Morto. Numa oportunidade anterior, Israel havia
falhado, por falta de fé, ao não entrar na Palestina. Agora, 38 anos depois,
Moisés reúne o povo escolhido e procura infundir-lhe fé que capacitará a
avançar em obediência. Diante deles está a herança. Os perigos, visíveis e
invisíveis, jazem além.
Acompanha-os
se Deus, a quem chegaram a conhecer melhor durante suas experiências na península
do Sinai, península deserta e escarpada. Moisés compreende, corretamente, que
os maiores perigos que os assediam estão na esfera da vida espiritual; sendo
assim, sua mensagem acentua o aspecto espiritual.
O Senhor
Deus deles, é o único Senhor; foi ele quem os libertou da escravidão. Deu-lhes
a lei. Selou uma aliança com eles. São o seu povo. O Senhor exige devoção e
adoração exclusivas. Seus caminhos são conhecidos do povo. Mediante longa
experiência, Israel aprendeu que o Senhor honra a obediência e castiga a
transgressão. Agora, em um novo sentido, Israel age por sua própria conta, sob
a direção do Senhor e em sua própria casa.
O livro
abrange toda uma gama de perguntas que surgem desta nova fase da vida de
Israel. Sua atitude para com o Senhor é, naturalmente, o principal problema.
Moisés, com toda a diligência de que é capaz, convida Israel a confiar de todo
o coração no Senhor, e a fazer das leis divinas a força diretriz de suas vidas.
Esta lei, se obedecida, infundirá vida e fará que os israelitas sejam povo
destacado entre todas as nações.
Receberão
bênçãos, e as nações reconhecerão que seu Deus é Senhor. Porém, se Israel
imitar a conduta das nações vizinhas, esquecendo-se de seu Deus, então
sobrevirá a aflição, e finalmente será espalhada entre os povos.
Através
do livro todo se acentua a fé somada à obediência. Em um sentido verdadeiro,
esta é a chave do livro.
Valdeci Fidelis
sexta-feira, 7 de janeiro de 2022
EXPOSIÇÃO BÍBLICA NA VISÃO DE M. LUTERO E JOÃO CALVINO
Vivemos em uma época na qual a fiel pregação das Escrituras não encontra mais espaço dentro de algumas igrejas de nossos dias. Há um desvio de objetivos na pregação, uma falta de compromisso com o estudo da Palavra que possa apresentar ao homem de nossos dias um sermão Cristocêntrico que glorifique a Deus, uma pregação que apresente o estado caído do homem e lhe mostre o caminho da salvação. Porém, quando analisamos a trajetória da igreja através do retrovisor da história, o que constatamos é que todas as vezes em que a igreja esteve no seu auge, a pregação das Escrituras também estava no auge. Não podemos exigir o crescimento da igreja de tal forma que este mesmo crescimento sacrifique a exposição da Palavra de Deus.
Outro fator interessante em nossos dias é que alguns ministros não estão mais preocupados em pregar toda a verdade de Deus. Não se preocupam mais em pregar o que é certo, e sim, o que dá certo. Em concordância com isso, LOPES (2008, p. 43) diz: “o que estamos acompanhando é um verdadeiro comércio das Escrituras, onde o evangelho se torna um produto, o púlpito um balcão e os crentes consumidores”.
Atualmente, muitas pessoas têm recorrido ao evangelho apenas como caçadores de experiência. Basta observarmos os sermões televisivos das megas igrejas e logo iremos perceber que boa parte da pregação que se tem ouvido é dominada por temas, tais como: “o que eu, ou você, precisa” ou “o que você deve fazer para se sentir bem”. O que deve ser levado em conta é que Deus não tem a obrigação de realizar nossos desejos, ao contrário do que se tem observado nos sermões atuais, uma pregação totalmente centralizada no ser humano. Deus não tem compromisso com a palavra do homem, Deus tem compromisso com a sua palavra.
Outro aspecto que também não pode deixar de ser observado é que, atualmente, a pregação expositiva perdeu o seu lugar para um estilo de pregação cujo foco é somente o que Deus pode fazer pelo homem, e não o que Deus requer do homem. A pregação não pode ser antropocêntrica como temos visto com muita frequência em nossos dias, mas sim, deve ser uma pregação teocêntrica, conforme nos ensina o catecismo de Westminster, dizendo que “a verdadeira pregação expositiva precisa anunciar e defender a doutrina de que o fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-Lo para sempre, e não o contrário”.
Acredita-se que não existe outra forma de ver a igreja de Deus crescendo a não ser uma verdadeira volta à pregação fiel e expositiva das Escrituras. Infelizmente, o que muitos têm ensinado é que o fim principal de Deus é honrar e satisfazer os desejos do coração do homem. A Igreja não pode se conformar com uma pregação que expõe somente o que Deus pode fazer pelo homem e ocultar o que Deus requer do homem, que é arrependimento. Sendo assim, pode-se afirmar que a solução para o problema é uma volta completa para a Palavra de Deus, pois, cultivando um compromisso profundo com as Santas Escrituras, poder-se-á ver a Igreja de Deus crescer de forma que agrade ao Senhor dentro de uma dieta espiritual saudável.
No entanto, uma vez que se está inserido em um contexto marcado por distorção da Palavra, pragmatismo e teologia da prosperidade, propõe-se, através deste trabalho, mostrar que é preciso resgatar a pregação expositiva. Ou seja, uma pregação que glorifique a Deus, e por causa dessa certeza, aí sim, a Igreja experimentará um crescimento numérico e saudável, entendendo, também, que a pregação expositiva, indiscutivelmente, é o único meio de doutrinar, discipular, ministrar e fortalecer o corpo de Cristo. Esta monografia realizou um estudo sobre a importância da pregação expositiva, bem como de sua relevância para a igreja contemporânea. Seu objetivo foi analisar a exposição bíblica ao longo da história, iniciando com os profetas do Antigo Testamento, passando pelo ministério terreno do Senhor Jesus Cristo e estendendo-se pela trajetória dos apóstolos, pais da igreja, os reformadores como Martinho Lutero e João Calvino e os grandes expositores bíblicos da atualidade. O objetivo é trazer um panorama histórico da exposição bíblica, tanto como, seu estilo e resultados. A Palavra de Deus deve ser pregada de forma fiel e integral. O remédio de Deus para a igreja contemporânea é a sua Palavra.
Exposição Bíblica, Palavra de Deus, ministério, pregação e igreja.
A Deus toda glória!