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domingo, 17 de agosto de 2025

VALDECI FIDELIS-ENTRE O CÉU E A TERRA

 O texto de VALDECI FIDELIS-ENTRE O CÉU E A TERRA E-BOOK.pdf é uma compilação de sermões, reflexões e ensinamentos que abordam diversos aspectos da vida cristã e da fé evangélica. A obra explora temas como a interpretação benevolente das ações alheias, a necessidade de humildade em uma era materialista e egoísta, e a centralidade de Jesus Cristo como resposta para as dualidades da vida. Há um forte enfoque na importância da confiança em Deus, da oração, do louvor e da leitura da Bíblia para a superação de desafios e o crescimento espiritual. O autor também discute questões práticas do cotidiano, como a disciplina dos filhos, a dinâmica dos relacionamentos e os perigos do vício, sempre sob uma ótica bíblica. Além disso, o material inclui relatos de eventos ministeriais, como semanas episcopais e palestras, e reflexões sobre passagens bíblicas específicas, visando instruir e inspirar os fiéis. 

 Fonte: Entre O céu e a Terra, autor:Valdeci Fidelis, Editora Valdeci Fidelis

Está disponibilizado na web Play google.com livros

como a religião se posiciona diante dos desfio na sciedade moderna e os desafio da inteligencia artificial na modernidade

A religião, conforme os textos fornecidos, posiciona-se de maneira enfática diante dos desafios da sociedade moderna, com uma forte ênfase na fé cristã e nos princípios bíblicos como a única resposta e guia. Em relação à inteligência artificial, as fontes não a mencionam diretamente, mas abordam a ciência e a tecnologia de uma forma que as contrasta com a natureza e o poder de Deus.
Posicionamento da Religião Diante dos Desafios da Sociedade Moderna:
Fundamento da Democracia e Valores: O cristianismo é apresentado como uma influência decisiva na formação das democracias ocidentais, promovendo o respeito à individualidade e à vida como dádiva divina, a primazia da família, a defesa da propriedade, a falibilidade humana e a liberdade concedida por Deus para o uso dos dons. A religião serve como um norteador que indica os deveres cívicos e orienta para o bem e as virtudes.
Contraste com o Materialismo e Egoísmo: A sociedade moderna é descrita como uma "era de materialismo" em que a "ambição desmesurada de riquezas e de gozos cava abismos", separando o homem e as sociedades, e gerando egoísmo, descrença e crueldade. A religião combate a "exaltação do 'eu'", uma característica da sociedade atual que busca o prazer e a satisfação momentânea sem se importar com as consequências, levando ao vazio.
Liderança e Conduta Cristã: Pastores e líderes são exortados a agir com humildade, compaixão e autoridade graciosa, pastoreando o rebanho de Deus e não dominando sobre ele. Há uma crítica a "falsos líderes" que manipulam as pessoas com mensagens enganosas, negligenciando que o sofrimento é inerente à vida humana. A importância de uma conduta ilibada, sem fofocas ou traições pastorais, é ressaltada como essencial para a confiança e a fidelidade dos fiéis.
Fidelidade à Palavra de Deus: A Bíblia é a bússola e Carta Magna que deve nortear a vida do cristão, pautando suas escolhas e decisões. A ela se opõem "filosofias pastorais" e "pregações enganosas" baseadas em tradições humanas. A Palavra de Deus é vista como eterna, imutável e capaz de transformar o pecador.
Enfrentamento de Dificuldades com Fé: As tempestades e dificuldades da vida são consideradas inevitáveis e imprevisíveis, mas também pedagógicas, fortalecendo a fé. A fé não admite obstáculos, e os milagres acontecem para aqueles que agem com atitude e confiança em Jesus. A perseverança diante das adversidades é crucial para alcançar a vitória.
Família como Projeto de Deus: A formação de novos lares e famílias é uma missão sacrossanta e nobre, construída sobre moralidade, fé e respeito. A unidade familiar e a obediência aos princípios divinos são fundamentais para a felicidade e harmonia no lar.
Combate à Inveja e ao Pecado: A inveja é descrita como um mal que tem efeitos semelhantes às drogas, martirizando o invejoso e impedindo a alegria e a felicidade dos outros. O pecado, em suas diversas formas (adulteração, prostituição, mentira, crítica), é o que separa o homem de Deus e impede que as orações sejam ouvidas.
Desafio da Inteligência Artificial na Modernidade (Abordagem Indireta):
As fontes não mencionam diretamente a inteligência artificial. No entanto, elas abordam a ciência e a tecnologia em geral, posicionando a religião em relação a elas da seguinte forma:
Limitações da Ciência Humana: A ciência é apresentada como em "revolta com a ciência de Deus", constantemente buscando aperfeiçoar sua capacidade de pesquisa e justificar fenômenos, mas é incapaz de replicar a criação divina. É destacado que "Deus fez o homem segundo sua semelhança, mas não deu o poder ao homem de fazer nascerem vidas fora do útero da mulher". Menciona-se que a ciência, apesar de grandes investimentos e talentos, não consegue erradicar problemas básicos como o mosquito da dengue, sugerindo uma limitação intrínseca da ciência humana em comparação com a divina.
Deus como a Natureza e o Médico Supremo: A perspectiva é que "Deus é natureza" e "o grande médico é o Senhor Jesus Cristo". Isso implica que a solução fundamental para as enfermidades do mundo não reside apenas nos avanços científicos ou médicos, mas na intervenção divina.
Tecnologia e Distração Espiritual: Há uma preocupação com as "tecnologias de entretenimentos" que levam os jovens a viver "outro mundo, o mundo da informação", muitas vezes sem o "toque humano". O uso excessivo de redes sociais e o consumo de certos conteúdos de entretenimento são vistos como fatores que podem "apagar o Espírito Santo" por desviar a atenção da oração e do louvor a Deus. Modernos aparelhos são vistos como algo que "tira o dialogo presencial das pessoas".
Confiança Suprema em Deus: A mensagem é para não limitar o poder de Deus. Isso sugere que a fé não deve ser depositada em criações humanas ou inovações tecnológicas, por mais avançadas que sejam, mas sim na onipotência e sabedoria de Deus.
Em resumo, a religião, pelos textos, oferece uma estrutura moral e espiritual robusta para enfrentar os desafios da modernidade, pautada na fé, obediência e humildade. Embora não aborde a inteligência artificial diretamente, ela estabelece um princípio de que a ciência e a tecnologia humanas, por mais impressionantes que sejam, têm limites e não podem substituir o poder e a providência de Deus.

terça-feira, 5 de agosto de 2025

POLITICA BRASILEIRA - NA HISTÓRIA

          Valdeci Fidelis - Política Pública


Na história do Brasil, houve sim precedentes de interferência política em ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), mas os contextos são muito diferentes dos atuais.
Valdeci Fidelis é Teólogo

É importante destacar que, embora houvesse esses casos, nenhum ministro do STF foi impeachado de fato.

Quero fazer alinhamento, para compreendermos melhor os reflexos na atualidade politica pública do nosso país.

O contexto histórico conta que Getúlio Vargas era presidente do Rio Grande do Sul, quando se apresentou como canditado as eleições à presidencia da republica.

Isso foi 1930, com João Pessoa, do Estado da Paraíba, como postulante a vice, em sua chapa, no pleito de 1º de março de 1930 ganharam Júlio Prestes e seu candidato à vice Presidente Vital Soares. Mas, a 3 de de maio desse mesmo ano, ao abrir-se o Congresso Nacional, houve distúrbios entre facções rivais, ao mesmo tempo que assassinavam, no Nordeste brasileiro, João Pessoa, seu vice.

Getúlio Vargas e seus camaradas preparam-se para reagir, decidindo em uma revolução, revolução essa que teve o movimento de grande êxito e Getùlio ocupou a presidência da Republica Federativa do Brasil, provisóriamente, por delegação de uma junta Militar, composta dos generais: Mena Barreto, e Tasso Fragoso, bem como o almirante Isaías de Noronha.

O notável gaúcho exerceu o poder até 1934 nessas circunstâncias, elegendo-se, então Presidente Constitucional, podendo-se, então, prestar a legitimidade jurídica desse sufrágio. Por nova constituição promulgada nessa época, o presidente não podia ser reeleito assim. Mas foi em 1937, marcaram-se novas eleições. Em 1935, contudo, no dia 27 de novembro, houvera uma tentativa de revolução, de inspiração esquerdista, com participação do Terceiro Regimento de Infantaria, com sede no Rio de Janeiro, tendo ficado o País em permante alerta, tanto mais que elementos rivais da facção que planejara o movivento subversivo, eram olhados com suspeita geral.

O clima era de intranquilidade, pois os direitistas poderiam atacar tentatar e alcançar êxito. Dissolveu ele, portanto, o Congresso, de então governou por decretos-leis, estipulando um plebiscito para confirmação popular de seu regime a princípio chamado de Estado-Novo, depois Estado Nacional.

Nos oito anos que se seguiram, atravessando inclusive o áspero periodo da Segunda Grande Guerra Mundial, Getúlio Vargas consolidou seu conceito público. Mas, adiava a solução do plebiscito, o que causou descontetamento. Em 1945 ele foi deposto, tornando ao poder, foi eleto em 1950, já no regime liberal. Mas em 1954 suícidou-se, se terminar seu mandato.

Fonte pesquisada: Everton Florenzano. DicI. Moderno de História do Brasil. Págs 211-212 Edição de Ouro. Editora Tcnoprint Gráfica S. A 1964. Rio de Janeiro Estado da Guanabara Brasil




Contexto Histórico

Era Vargas (1930): Durante a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, seis ministros do STF foram cassados por um decreto. por ele governo por Decretos-Leis

A razão era a mudança política do país, e a ação do Executivo tinha como objetivo reformar o Judiciário.

Essa decisão representou uma forte interferência política, mas ocorreu em um contexto de ruptura institucional e no momento eram o autoritarismo brasileiro, o que diferente da estabilidade democrática (ainda que com tensões) que a Constituição atual ano de 1988 busca garantir. Para todos os brasileiros é a mesma, para os brasileiro em todo território nacional e os poderes

Ditadura Militar (1960s-1970):

O período da Ditadura Militar também teve episódios de cassação de ministros do STF.

Em 1969, por meio do Ato Institucional nº 5 (AI-5), tiveram os três ministros foram compulsoriamente aposentados por não se alinharem ao regime.

Além disso, a junta militar aumentou o número de cadeiras no STF para 16, com a intenção de nomear juízes alinhados ao e o poder do governo. Esses atos, no entanto, ocorreram em um regime de exceção e não podem ser comparados diretamente com o que acontece hoje.

Casos Atuais

A situação atual é diferente, pois estamos sob a égide da Constituição de 1988. O que se observa hoje são muitos pedidos de impeachment de ministros do STF protocolados no Senado Federal, mas nenhum deles foi levado adiante.

O principal ponto de comparação entre os períodos históricos e o momento atual é a tensão entre os Poderes. No entanto, enquanto as cassações históricas ocorreram por atos de força em períodos de ruptura democrática, o debate de hoje se dá dentro das regras do jogo, mesmo que de forma acalorada, com base na Constituição e nas leis existentes.

Como entender o que é STF nos dias de hoje:

1. As Funções do STF: "O Guardião da Constituição"

O STF não é um tribunal como os outros. Ele é a corte de cúpula do Poder Judiciário, e sua principal missão, como diz a Constituição de 1988, é ser o guardião da Constituição. Isso significa que ele tem a palavra final sobre o que é ou não constitucional no Brasil.

a) Controle de Constitucionalidade: O STF decide se uma lei, ato de governo ou decisão de um tribunal inferior está de acordo com a Constituição Federal. Isso é feito por meio de ações como a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), que pode anular leis inteiras se consideradas inconstitucionais.

b) Julgamento de Autoridades: Outra função importante é julgar autoridades com foro especial, como o Presidente da República, vice-presidente, ministros, senadores e deputados federais, em casos criminais.

c) Recursos Extraordinários: O STF também revisa decisões de outros tribunais que envolvam questões constitucionais. Se a decisão de um juiz de primeira instância ou de um tribunal superior for contestada por envolver a interpretação da Constituição, o caso pode subir até o Supremo.

TEOLOGIA DE GESTÃO PÚBLICA. Valdeci Fidelis 

2. O Contexto Político Atual e a Tensão entre Poderes

Atualmente, o STF está no centro do debate público devido a uma série de fatores.

1. Julgamento de Casos de Alta Repercussão: O tribunal tem julgado casos que envolvem figuras políticas de alto escalão e temas que geram grande polarização, como as investigações sobre notícias falsas (fake news) e os atos antidemocráticos. Isso coloca o STF em um embate direto com setores da política e da sociedade.


2. Judicialização da Política: A Constituição de 1988 deu ao Judiciário um papel mais proeminente, e o STF é frequentemente acionado para resolver impasses políticos. Com o aumento da polarização, muitos temas que antes seriam resolvidos no Legislativo acabam sendo levados ao Supremo, aumentando a percepção de que a corte está "fazendo política".


3. O Debate sobre Ativismo Judicial

A atuação do STF gerou um intenso debate sobre o chamado ativismo judicial

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1. O que é? O ativismo judicial ocorre quando os juízes, em vez de apenas interpretar as leis, passam a criar novas normas ou a intervir em áreas que seriam de competência do Poder Legislativo ou Executivo.

2. Críticas: Os críticos argumentam que o ativismo judicial subverte a separação de poderes, pois permite que juízes não eleitos tomem decisões que deveriam ser de parlamentares eleitos. Isso, segundo eles, enfraquece a democracia.

3. Defesas: Os defensores do ativismo judicial no STF apontam que, muitas vezes, a omissão dos outros Poderes (especialmente o Legislativo) força a corte a agir para garantir direitos fundamentais previstos na Constituição. Um exemplo clássico é a decisão que criminalizou a homofobia e a transfobia, após o Congresso Nacional não ter votado uma lei sobre o tema.

Em resumo, analisar o STF hoje é entender que ele é muito mais do que um tribunal de última instância: é a instituição que garante a supremacia da Constituição e, por isso, está no epicentro das principais tensões e debates do país, atuando em uma linha tênue entre a garantia de direitos e a percepção de excesso de poder.


segunda-feira, 4 de agosto de 2025

segunda-feira, 28 de julho de 2025

ESTUDO SOBRE ISAQUE FILHO DE ABRAÃO E SARA

 Um Estudo Sobre Isaque e Sua Logia

ISAQUE NASCIMENTO VIDA E MORTE

Valdci Fidelis
Isaque é uma figura central no Antigo Testamento da Bíblia, sendo o filho de Abraão e Sara. Sua história é contada principalmente no livro de Gênesis. Vamos explorar sua biografia, vida e morte, considerando o contexto histórico e teológico.

   Biografia de Isaque: 

Nascimento e Significado do Nome: Isaque nasceu quando Abraão tinha 100 anos e Sara 90, como um cumprimento da promessa de Deus a Abraão de que ele seria pai de muitas nações (Gênesis 21:1-3). O nome Isaque significa "riso" em hebraico, refletindo a incredulidade e alegria de Sara ao saber que teria um filho em sua velhice (Gênesis 18:12-15). 

Crescimento e Vida:

Isaque cresceu em um ambiente de fé, sendo ensinado sobre as promessas de Deus. Ele é frequentemente visto como um homem de paz e submissão. Um dos eventos mais significativos de sua vida foi o quase sacrifício por seu pai, Abraão, quando Deus testou a fé de Abraão (Gênesis 22:1-19). Isaque, que era um jovem na época, demonstrou obediência e confiança em seu pai e em Deus. 

Casamento:

Isaque se casou com Rebeca, que foi escolhida por Abraão para ser sua esposa, a fim de garantir que a linhagem permanecesse dentro da família e não se misturasse com os cananeus (Gênesis 24). O relato do encontro de Isaque e Rebeca é um exemplo de providência divina e fé.

   Vida Familiar:

Isaque teve dois filhos, Esaú e Jacó, que se tornaram figuras importantes na história de Israel. A relação entre os irmãos foi marcada por rivalidade, especialmente em relação à bênção de Isaque, que foi dada a Jacó, enganando Isaque (Gênesis 27). Este evento é crucial, pois estabelece a linha de descendência que levaria a Israel.

    Morte: 

 Isaque viveu até a idade de 180 anos (Gênesis 35:28-29). Sua morte é registrada de forma simples, e ele foi sepultado por seus filhos, Jacó e Esaú, na caverna de Macpela, onde também foram enterrados Abraão e Sara. A morte de Isaque marca o fim de uma era, mas sua vida e legado continuam a influenciar a história do povo de Israel. A caverna era conhecida por também gruta dos Patriarcas, tem sua origem profundamente enraizada na narrativa bÍblica e na história do povo judeu. Ela é um local de grande significado histórico e religioso.

Há comparações evidentes entre Isaque e Cristo, como análises teológicas que aprofundamos na visão de Isaque, (personificação) de Cristo. realçam essas comparações a riqueza do simbolismo bÍblico.

    Contexto Teológico:

Isaque é frequentemente visto como um tipo de Cristo, especialmente no evento do sacrifício. Assim como Isaque carregou a lenha para o altar, Jesus carregou a cruz. A vida de Isaque também ilustra temas de fé, obediência e a importância da linhagem na história da salvação.

    Conclusão:

A vida de Isaque é rica em lições sobre fé, obediência e a fidelidade de Deus às suas promessas. Ele é uma figura que conecta as promessas feitas a Abraão com a formação da nação de Israel através de seus filhos. A narrativa de Isaque nos convida a refletir sobre a importância da confiança em Deus e a continuidade das promessas divinas ao longo das gerações. 

O Filho Único como era Cristo:

Isaque, Filho amado de Abraão, assim como Jesus é filho Unigênito e amado de Deus. Gn 22:2 diz: "Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas...". 

João 3:16 afirma: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito...". Vemos que ambos são descritos nas Escrituras Sagradas, Antigo e Novo Testamento - Bíblica destacando singularidade e valor de cada um, por seus respectivos pais.

ISAQUE E  JESUS

A Caverna de Macpela, também conhecida como Gruta dos Patriarcas, tem uma origem profundamente enraizada na narrativa bíblica e na história do povo judeu. Ela é um local de grande significado religioso e histórico.


Origem Bíblica

A história da Caverna de Macpela começa no livro de Gênesis, na Bíblia. O patriarca Abraão, após a morte de sua esposa Sara, precisava de um local para sepultá-la. Ele se dirigiu aos hititas, moradores da terra de Canaã, para comprar um pedaço de terra. Abraão insistiu em comprar um campo específico que continha a caverna de Macpela, mesmo quando Efrom, o hitita, ofereceu-o de graça. Abraão pagou um alto preço por ele, tornando-o uma posse legítima.

Essa compra foi significativa porque marcou a primeira posse de terra legal do povo judeu na Terra Santa. Abraão sepultou Sara na caverna, e posteriormente ele próprio foi sepultado ali. A caverna se tornou o local de sepultamento dos grandes patriarcas e matriarcas bíblicos:

a) Abraão e Sara

b) Isaque e Rebeca

c) Jacó e Lia

É importante notar que Raquel, outra esposa de Jacó, foi sepultada em outro local.


Significado do Nome "Macpela"

O nome "Macpela" significa "dupla" ou "dobrada" em hebraico. Existem algumas interpretações para esse significado:

  • Duas cavernas: Pode se referir à ideia de que a caverna tem duas seções, ou que é uma caverna com um túmulo duplo.

  • Quatro casais: Outra interpretação é que o nome se refere aos quatro casais proeminentes que estão sepultados ali (Abraão e Sara, Isaque e Rebeca, Jacó e Lia).


Lendas e Tradições

Além da narrativa bíblica, diversas lendas e tradições cercam a Caverna de Macpela:

a) Adão e Eva: Uma crença antiga sugere que Adão e Eva também foram sepultados na caverna, e que Abraão teria descoberto os túmulos deles ao perseguir um bezerro. Algumas tradições até a conectam a uma entrada para o Jardim do Éden.

b) Luz e fragrância: Diz-se que, ao encontrar os túmulos de Adão e Eva, Abraão teria visto velas acesas e sentido uma fragrância especial emanando do local.

c) Ninguém retorna: Há lendas de que ninguém que se aventurou nas profundezas da caverna retornou, com exceção de um rabino, Rabi Avraham Azulai, que teria descido para recuperar uma espada do sultão e retornado vivo.


O Edifício Atual

Atualmente, um grande e imponente edifício de pedra, construído por Herodes, o Grande, se ergue sobre a caverna. Este edifício é considerado a última estrutura herodiana subsistente. O local é hoje um santuário dividido e disputado, sendo sagrado para judeus e muçulmanos (que o chamam de Santuário de Abraão ou Haram el-Khalil).

Em resumo, a Caverna de Macpela tem sua origem na necessidade de Abraão em sepultar sua esposa Sara, tornando-se o local de sepultamento dos patriarcas e matriarcas de Israel e um dos primeiros pedaços de terra de propriedade judaica na Terra de Canaã. Sua importância transcende a história, permeando a fé e as tradições de diferentes povos.