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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A QUEDA DO HOMEM

A QUEDA DO HOMEM-QUÃO PERIGOSA É UMA EMOÇÃO HUMANA DENOMINADORA

     À ocorrência da queda do homem.
 O homem que Deus formou era notavelmente diferente de todos os outros seres criados. O homem possuía um espirito semelhante àquele dos anjos e ao mesmo tempo tinha uma alma parecida com a dos animais inferiores. Quando Deus criou o homem Ele lhe deu uma liberdade perfeita. Ele não fez dele um autômato, controlado automaticamente por Sua vontade. Isto é evidente em Genesis 2, quando Deus instruiu o homem original a respeito de qual fruto ele poderia ou não comer. O homem que Deus criou não era maquina dirigida por Deus; pelo contrário, ele possuía perfeita liberdade de escolha. Se ele escolhesse obedecer a Deus, assim seria; se ele decidisse rebelar-se contra Deus, poderia fazer isso também.

O homem tinha em sua posse uma soberania pela qual poderia exercitar sua vontade escolhendo obedecer ou não. Este é um ponto de muito importante, pois devemos reconhecer que em nossa vida espiritual Deus nunca nos priva de nossa liberdade. A menos que cooperaremos ativamente, Deus não realizará nada em nós. Nem Deus, nem o diabo podem fazer qualquer obra, sem primeiro obterem nosso consentimento, porque a vontade do homem é livre.

O espirito do homem era, originalmente, a parte mais elevada de todo o seu ser ao qual alma e corpo deviam se submeter. Sob condições normais o espirito é como a patroa, a alma como o mordomo e o corpo como o criado. A patroa dá as ordens em particular ao mordomo; o mordomo as transmite abertamente ao criado. O mordomo parece ser o senhor de tudo, mas na realidade quem domina sobre tudo é a patroa. Infelizmente o homem caiu; ele foi vencido e pecou; consequentemente, a ordem correta de espirito, alma e corpo ficou misturada.

Deus concedeu ao homem um poder soberano e outorgou muitos dons à alma humana. Pensamento, vontade ou intelecto e intenção estão entre as porções mais proeminentes. O proposito original de Deus é que a alma humana receba e assimile a verdade e a essência da vida espiritual de Deus. Ele concedeu dons aos homens para que pudessem receber o conhecimento e vontade de Deus como sendo deles mesmos. Se o espirito e alma do homem mantivessem sua perfeição original, saúde e vigor, então seu corpo poderia continuar para sempre sem mudança. Se ele exercitasse sua vontade tomando e comendo do fruto da vida, a Própria vida de Deus indubitavelmente o homem interior e converteria seu corpo em incorruptibilidade.

Ele estaria então, literalmente, de posse da “vida eterna” Naquele acontecimento, sua vida da alma seria totalmente cheia com a vida espiritual e seu ser inteiro seria transformado naquilo que é espiritual. De forma contrária, se a ordem do espirito e alma fosse invertida, então o homem precipitaria nas trevas e o corpo humano não poderia resistir muito tempo e logo se corromperia.

Sabemos que a alma do homem escolheu a arvore do conhecimento do bem e do mal, ao invés da arvore da vida. Porém, não está claro que a vontade de Deus para Adão era que ele comesse do fruto da arvore da vida?  Sim, porque antes de proibi-lo de comer do fruto da arvore do conhecimento do bem e do mal e adverti-lo que no dia em que dele comesse morreria (Gn 2.17), Ele primeiro ordenou que Adão comesse livremente de toda arvore do jardim e propositalmente mencionou a árvore da vida no meio do jardim. Quem pode dizer que isto não é assim?

“O fruto do conhecimento do bem e do mal” eleva a alma e abafa o espirito. Deus não proíbe o homem de comer deste fruto apenas para testa-lo. Ele o proíbe por saber que ao comer esse fruto, a alma do homem será tão estimulada a ponto de abafar a vida do espirito. Isto quer dizer que o homem perderá o verdadeiro conhecimento de Deus e estará assim morto para Ele. A proibição de Deus revela Seu amor. O conhecimento do bem e do mal neste mundo é em si mesmo mal. Tal conhecimento surge do intelecto da alma do homem. Ele incha a vida da alma e consequentemente esvazia a vida do espirito ao ponto de perder qualquer conhecimento de Deus e tornar-se tal como morto.

Um grande número de servos de Deus considera esta árvore da vida, como sendo Deus oferecendo vida ao mundo em Seu Filho, o Senhor Jesus. Isto é vida eterna, natureza de Deus, Sua vida não criada. Por isso, temos aqui duas árvores – uma germina vida espiritual enquanto que a outra desenvolve a vida da alma. O homem em seu estado original não é nem pecaminoso, nem santo e justo. Ele fica entre os dois. Ele pode aceitar a vida de Deus tornando-se assim um homem espiritual a participante, morte ao seu espirito. Deus concedeu um perfeito equilíbrio às três partes do homem. Sempre que uma parte se desenvolve em excesso, as outras são contristadas.

Nosso andar espiritual será grandemente ajudado, se entendermos a origem da alma e seu princípio de vida. Nosso espirito vem diretamente de Deus, pois é dado por Deus (Nm 16.22). Nossa alma é tão diretamente recebida; ela foi produzida depois que o espirito entro no corpo. Está portanto, distintamente relacionada com o ser criado. É a vida criada, a vida natural. A utilidade da alma é realmente extensa, se ela mantiver seu devido lugar como mordomo, permitindo que o espirito seja a patroa. O homem pode então receber a vida de Deus e estar relacionado com Deus em vida. Se, todavia, esta esfera da alma tornar-se dilatada, o espirito igualmente é abafado. E todos os feitos do homem serão confinados à esfera natural do criado, incapaz de estar unido à vida não criada e sobrenatural de Deus. O homem original sucumbiu à morte, porque comeu do fruto do conhecimento do bem e do mal, desenvolvendo assim, de forma anormal, sua vida da alma.

Satanás tentou Eva com uma pergunta. Ele sabia que isto despertaria o pensamento da mulher. Se ela estivesse completamente sob o controle do espirito, rejeitaria tal interrogação. Por tentar responder, ela exercitou sua mente em desobediência ao espirito. Sem dúvida, que a pergunta de Satanás estava cheia de erros, pois seu motivo principal era simplesmente incitar o esforço mental de Eva. Ele esperava que Eva até o corrigisse, mas lamentavelmente, ela ousou mudar a Palavra de Deus em sua conversa com Satanás. Consequentemente o inimigo foi encorajado a tenta-lo no sentido de comer sugerindo que, ao comer, seus olhos seriam abertos e ela seria como Deus – conhecendo o bem e o mal. “Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto e comeu” (Gn 3.6). Foi assim que Eva considerou a pergunta. Satanás provocou seu pensamento da alma primeiro e depois avançou para apoderar-se da sua vontade. Resultado: ela caiu em pecado. (65)

Satanás sempre usa a necessidade física como o primeiro alvo de ataque. Ele mencionou simplesmente o comer do fruto a Eva, uma coisa totalmente física. Em seguida, ele prosseguiu para seduzir sua alma, insinuando que pela satisfação seus olhos seriam abertos para conhecer o bem e o mal. Embora tal busca pelo conhecimento fosse perfeitamente legitima, a consequência, não obstante, conduziu seu espirito a uma rebelião franca contra Deus, pois ela compreendeu erradamente a proibição de Deus, como se brotasse de uma má intenção. A tentação de Satanás alcança primeiro o corpo, depois a alma e finalmente o espirito.

Após ser tentada Eva deu sua decisão. Primeiro: “a árvore era boa para comer”. Isto é a “cobiça da carne”. Sua carne foi a primeira a ser despertada. Segundo: “era agradável aos olhos”. Isto é a “soberba da vida”. Tal desejo manifestou a agitação da sua emoção e vontade. Sua alma estava agora agitada além do controle. Ela não mais dava apoio como um espectador, mas havia sido incitada a desejar o fruto. Quão perigosa é uma emoção humana dominadora!

Por que devia Eva cobiçar o fruto?  Não era simplesmente a cobiça da carne e a cobiça dos olhos, mas também o impulso da curiosidade pela sabedoria. Na busca da sabedoria e conhecimento, mesmo do assim chamado “conhecimento espiritual”, as atividades da alma podem ser frequentemente detectadas. Quando alguém procura aumentar seu conhecimento, por meio de ginásticas mentais nos livros, sem esperar em Deus e sem buscar e condução do Espirito Santo, sua alma está claramente em plena atividade. Isso vai reduzir sua vida espiritual.

 A queda do homem foi ocasionada pela busca de conhecimento, por isso, Deus usa a loucura da cruz para “destruir a sabedoria do sábio”. O intelecto foi a causa principal da queda, por isso, para alguém ser salvo é preciso que creia na loucura da Palavra da cruz, em vez de depender da sua inteligência. A árvore do conhecimento provoca a queda do homem, por isso Deus emprega a árvore da loucura (1Pe 2.24) para salvar almas.” Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus” 1 Co 3.18-20; veja também: Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus (1.18-25.)  (vF 66)

Fonte: Bíblia Sagrada VT e NT

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