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domingo, 24 de agosto de 2025

VALDECI FIDELIS E O LIVRO ALMA DE JUSTO

 VALDECI FIDELIS ALMA DE JUSTO

A GRAÇA DE DEUS EM NOME DE JESUS
MEMÓRIAS SOBRE A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS
PRIMEIRA PARTE.
APRESENTAÇÃO
Valdeci Fidelis é pastor graduado, Bacharel em teologia pela Faculdade Teológica Nacional - Pós Graduado em Mestrado e Doutorado em Teologia pela FAINTE (Faculdade de Integração Teológica) autor escritor evangélico, membro efetivo do CFTPB – Conselho Federal de Teólogo Pastores do Brasil.
Valdeci Fidelis: É Doutor em Teologia pela FAINTE
Parabéns a Valdeci Fidelis pela conquista do doutorado em Teologia pela FAINTE Essa é uma realização notável que demonstra um profundo compromisso com os estudos teológicos e um desejo de aprofundar seus conhecimentos nessa área.
O que significa ser doutor em Teologia pela FAINTE? Mestre em pesquisa:
Um doutorado exige a realização de uma pesquisa original e significativa na área da teologia. Isso significa que Valdeci Fidelis conduziu um estudo aprofundado sobre um tema específico, contribuindo para o avanço do conhecimento teológico. Sua capacidade e competência de ensino e pesquisa: Os doutorandos são treinados para ensinar em nível superior e conduzir pesquisas independentes.
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Valdeci Fidelis está agora qualificado para lecionar em programas de graduação e pós-graduação em teologia, além de realizar pesquisas em diversas áreas da disciplina. Referência na área: A obtenção do título de doutor posiciona Valdeci Fidelis como uma referência na área da teologia. Sua expertise e conhecimento podem ser valiosos para igrejas, seminários, universidades e outras instituições que se dedicam ao estudo da religião. Valdeci Fidelis: Pode exercer áreas de atuação de professor universitário: Lecionando em cursos de graduação e pós-graduação em teologia.
Como pesquisador: Conduzindo pesquisas em diversas áreas da teologia, como história da igreja, teologia sistemática, ética cristã e outras. Tese de Doutorado em Teologia e Doutrinas Contemporâneas: Uma Explicação Simples Imagine a teologia como um grande quebra-cabeça. 
Cada peça representa uma ideia ou crença sobre Deus, a vida, o mundo e o que significa ser humano. Uma tese de doutorado em teologia é como alguém tentando montar uma nova parte desse quebra-cabeça, usando as peças antigas e criando novas. Mas por que criar novas peças? O mundo muda: Novas descobertas científicas, mudanças sociais e desafios globais fazem com que as pessoas repensem suas crenças. A teologia não é estática. Novas perguntas surgem e exigem respostas. Diferentes perspectivas: Pessoas de diferentes culturas e experiências trazem novas visões para as antigas questões.
 Então, o que faz uma tese de doutorado em teologia? Ele estuda e examina textos religiosos, filosofias e outras fontes para entender as ideias existentes; avalia como essas ideias se conectam com o mundo atual e elabora proposta de novas interpretações ou aplicações das ideias religiosas. Uma tese de doutorado em teologia é um trabalho profundo que busca expandir nosso entendimento sobre a fé e sua relevância para o mundo de hoje. É como um farol que ilumina novos caminhos para pensarmos sobre questões existenciais e espirituais.
 A teologia é um campo vasto e complexo, mas com um pouco de curiosidade e vontade de aprender, você pode desvendar seus enigma e mistérios. Como consultor teológico pode oferecer consultoria para igrejas, seminários e outras instituições. Como autor: Escrevendo livros, artigos e outros materiais sobre temas teológicos. Líder religioso: Ocupando posições de liderança em igrejas ou outras organizações religiosas.
 Analisando a Tese de Valdeci Fidelis: "As Religiões Comparadas e as Matéria das Doutrinas Contemporânea" A conclusão do doutorado por Valdeci Fidelis, com uma tese intitulada "As Religiões Comparadas e a Teologia", representa um marco significativo para os estudos teológicos e inter-religiosos. O tema proposto é extremamente relevante e abre portas para diversas discussões e análises. Possíveis Linhas de Investigação da Tese: A partir do título, podemos inferir algumas possíveis linhas de investigação que Valdeci Fidelis pode ter explorado em sua pesquisa: Diálogo inter-religioso: A tese provavelmente aprofunda o estudo das relações entre diferentes religiões, buscando pontos em comum e áreas de convergência. Teologia pluralista: O conceito de "religiões comparadas" sugere uma abordagem teológica que valoriza a pluralidade religiosa e busca construir pontes entre diferentes tradições. 
Crítica ao exclusivismo religioso: A pesquisa pode ter analisado as implicações teológicas do exclusivismo religioso e defendido a importância do diálogo e da compreensão mútua entre as diferentes crenças. Novas perspectivas para a teologia: A tese pode ter proposto novas perspectivas para a teologia nos novos tempos, considerando as realidades religiosas contemporâneas e os desafios do pluralismo religioso.
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O MOTIVO DE ESCREVER ESTE TRABALHO DE INTRODUÇÃO Rever as mudanças e transformações como o livro tem aproximadamente 6.000
anos de história, nesses anos de existência foram usados diversos tipos de materiais para seus registros, somente através dos livros a humanidade aprendeu e muito mais fácil do que no período passado distante os antigos serviam de instrumentos com ponta de ferro para gravar, os sinais nas pedras, marfim, tijolos e madeiras.
 Antigamente, os Sumérios usavam tijolos de barro para o registro; os Maias e Astecas utilizavam materiais macios em cascos de árvores e madeiras; quando mais tarde foram inventados pelos gregos - romanos tinham tábuas de madeiras cobertas com cera, ferramentas com duas pontas. Depois criaram a pena metálica, seu consumo hodierno foi tão grande que em 1851 na Exposição Mundial de Paris, só na França calculava-se seu consumo de 200 milhões de unidades. 
Com duas pontas na ferramenta: Uma para riscar e gravar e outra para achatar, surgiu então o lápis de grafite. Somente em 2.200 a.C os egípcios desenvolveram a tecnologia do papiro. Mais tarde surgiu o pergaminho, feito geralmente de pele de carneiro, o que implicava na morte de diversos animais para a confecção de um livro. Foi proibido. O papel, muito usado hoje, surgiu por volta do século II na China com uma técnica ainda primitiva, mas com o tempo ele começou a ser produzido da celulose da madeira. Somente no século 19 ocorre com mais frequência a circulação e oferta de papel para impressão de livros e jornais.
Hoje vivemos a era do Livro digital: será o livro do futuro? Com o avanço das tecnologias, os suportes de leituras e de registros também evoluíram nesses últimos anos.
Atualmente, os novos suportes de leituras e registros são os livros eletrônicos, os quais possibilitam criar, compartilhar e divulgar, sem os custos de impressão e gastos de papéis.
As plataformas digitais são uma ferramenta que possibilita tudo isso e, ainda, é ideal para ser usada por professores e alunos por ser prática e fácil de usar, disponível em Português, permitindo ao usuário escolher modelos de capas e layouts, inserção de textos e imagens, formatar seu próprio livro, convertê-lo em pdf, imprimi-lo e distribuir.

RESUMO
Gostaria de fazer aqui um pequeno resumo de “O Paraíso Perdido” que Deus criou para Adão e Eva, é desnecessário dizer que este trabalho foi baseado na concepção judaico-cristã da criação do homem. Entretanto, gostaria de discuti-lo do ponto de vista de sua profunda percepção da psique humana. Em Gênesis 2:18-24 repare que no momento da criação da mulher Deus não disse nada no sentido de ela ser dominada pelo homem. A determinação "o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará” (Gn 3:16) foi um juízo de Deus que só viria depois, como consequência do pecado. "E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele... E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea. Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; e da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Portanto deixará o homem, o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne." (Gn 2:18-24). Claro que nos meios evangélicos cristãs não devemos dar muita ênfase às histórias seculares, mas é preciso ao palestrante da Palavra de Deus conhecer assuntos que não valha como prova de amor para o mundo trinitário, mas como conhecimento para uma boa interpretação, o escritor Milton (1608-1674) "Paraíso Perdido”, (1634) como o seu título indica, é uma estória épica a respeito do paraíso. Ele descreve como Adão e Eva, os progenitores bíblicos, são tentados por Satã a trair as instruções de Deus, e assim, são expulsos do Jardim do Edem. Satã foi originalmente um anjo que ocupava uma alta posição sob as ordens de Deus. Entretanto, ele luta e lidera outros anjos em uma rebelião contra o poder divino. É expulso do céu e cai no inferno.
Mas, Deus determina no livro de Gênesis que "teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará" (Gn 3:16) seriam as limitações da mulher, mostradas na doutrina dos apóstolos, por ela ter dado ouvidos ao diabo e por ter entabulado com ele uma certa amizade. Para neutralizar a rápida amizade entre a mulher e a serpente ocorrida no Éden, Deus colocou inimizade entre Satanás e a mulher, e desde então ela vem sendo o alvo preferido dos ataques do diabo.
Veja o que diz: o escritor insiste em seu livro que Satanás acalentando sua ambição de controlar o Céu, convoca os anjos que haviam descido ao inferno com ele para construírem o Pandemônio, o Palácio de Satã. Satã então parte sozinho para o novo mundo criado por Deus para os seres humanos. Seu intento é corromper os seres humanos e destruir os planos de Deus
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Satã aproxima-se deste novo mundo, sente-se ansioso em implementar seu projeto, experimentando, experimentando tanto a dúvida quanto o medo e, finalmente, o desespero. Ele repetidamente questionava-se sobre seu confronto com Deus. Milton retrata a mente de Satã, da seguinte forma: eu, miserável! Que modo deve eu espalhar um infinito ódio e um infinito desespero? Esse modo é o inferno; eu mesmo sou o inferno, um abismo mais profundo ainda ameaçando devorar-me completamente.
Observamos que ele mesmo tem dúvida de que não há muita coisa diante do poder divino de Deus e descreve suas dúvidas. A lamentação de desespero de Satã de que “eu mesmo sou o inferno” é real e perspicaz. Mais adiante, quanto Satã tenta Eva no Jardim do Edem, Milton diz “Mas o quente inferno que nele arde, embora no céu...” O inferno não existe ou reside em nenhum outro lugar fora da vida de uma pessoa. Para quem está sofrendo na condição de inferno uma vida fora da presença do Senhor Deus do altíssimo, ainda que viva em um ambiente mais bonito torna-se um lugar de agonia.

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Valdeci Fidelis -Bibliologia - doutorando

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Valdeci Fidelis - Bibliologia - doutorando

O texto fornecido consiste em excertos de uma obra intitulada "BIBLIOLOGIA", possivelmente uma dissertação ou tese ("TCC"), que explora diversos tópicos teológicos e históricos. Aborda a Teologia Paulina e a possibilidade de ordenação de mulheres ao ministério pastoral, analisando passagens-chave como Gálatas 3.26-29, I Coríntios 11-14 e I Timóteo 2.8-15, e contextualizando-as com práticas culturais da época, como a poligamia e a escravidão, que Paulo tencionava transformar. 

A obra também oferece comentários detalhados sobre diversos livros bíblicos, incluindo as suas chaves interpretativas e autoria, abrangendo tanto o Antigo Testamento, Gênesis, Crónicas, Ezequiel) quanto o Novo Testamento, e Romanos, Gálatas, Evangelhos). Além disso, são apresentadas profissões de fé de igrejas evangélicas, discute-se a história das igrejas cristãs e o surgimento de movimentos pentecostais, e explora-se a relação entre a fé cristã e o Estado, enfatizando a obediência às autoridades, desde que não contradigam a lei divina.

De que formas a teologia paulina aborda e ressignifica as normas culturais da época em relação à mulher, casamento e escravidão?

A teologia paulina aborda e ressignifica as normas culturais da época em relação à mulher, casamento e escravidão através do conceito das "duas eras": a era presente, dominada pelo pecado e pela rebelião contra Deus, e a nova era, inaugurada por Jesus Cristo com a Sua morte e ressurreição, que representa o Reino de Deus. A Igreja vive esta tensão entre as duas eras, precisando adaptar-se às culturas enquanto promove a transformação de acordo com os princípios do Reino de Deus.
1. A Teologia Paulina das Duas Eras Para Paulo, o acontecimento de Cristo – a Sua morte e ressurreição – é o centro da ação de Deus na história e marcou o início de uma nova era de salvação. Embora a era vindoura ainda esteja por vir, a sua eficácia e bênçãos já invadiram a era presente, permitindo que os crentes vivam simultaneamente em ambas. Isso significa que, em Cristo, há uma nova existência onde as velhas coisas passaram e tudo se tornou novo. O povo da nova era de Jesus Cristo é a Igreja, uma comunidade escatológica, que pertence ao futuro e goza de uma nova existência em Cristo, mas que ainda tem de conviver com as culturas, tradições e condutas da velha era.
2. Abordagem às Normas Culturais Específicas:
As Mulheres e o Ministério Pastoral:
    ◦ Princípio de Igualdade em Cristo: Paulo proclama um princípio fundamental em Gálatas 3.26-29: "não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus". Este é um princípio doutrinário que, pelo seu valor, deve guiar as demais orientações. Esta declaração implica que, em Cristo, as distinções humanas de raça, meio social e género são rompidas e as pessoas são completamente niveladas e unidas.
    ◦ Adaptação Cultural e "Pedra de Tropeço": Apesar deste princípio de igualdade, Paulo, em outros textos como 1 Coríntios 11-14 e 1 Timóteo 2.8-15, parece impor restrições à atuação das mulheres na igreja, especialmente na área da liderança e ensino. Estas restrições são interpretadas como adaptações aos costumes culturais da época, que era fortemente patriarcal. O objetivo de Paulo era não criar "pedras de tropeço" para a pregação do evangelho, evitando que a igreja fosse mal vista pela sociedade e pelo Estado devido a desrespeito às normas culturais.
    ◦ Reabilitação e Transformação: No entanto, Paulo equilibra estas "subordinações" culturais com a reafirmação dos princípios da nova era em Cristo. Em 1 Coríntios 11.11-12, ele afirma que "no Senhor, nem a mulher é livre do homem, nem o homem livre da mulher, pois assim como a mulher veio do homem, assim também o homem nasce da mulher, mas tudo vem de Deus", restaurando o equilíbrio e a unidade. Em 1 Timóteo 2.15, a "salvação" da mulher (referindo-se à nova era em Cristo) concede-lhe um lugar reabilitado, devolvendo a mesma igualdade com o homem, de modo que na Igreja "não existe mais a superioridade masculina e nem a subordinação da mulher".
    Prática de Paulo: Paulo também demonstra uma prática que combinava homens e mulheres em serviço, mencionando diversas mulheres em posições de trabalho significativo e até liderança, como Febe (diaconisa e líder), Priscila (cooperadora citada antes do marido) e outras que "muito trabalharam no Senhor", e há uma discussão se "Júnia" (Romanos 16:7) era um nome feminino e uma apóstola.
     Conclusão Atual: O texto sugere que, à medida que as culturas e sociedades se transformam (como no Ocidente, onde a mulher conquistou direitos igualitários), as restrições paulinas ligadas a costumes culturais específicos perdem a sua validade, enquanto os princípios do Reino de Deus ("não há homem nem mulher em Cristo Jesus") permanecem.
Casamento (Monogamia/Poligamia):
     Ideal Bíblico vs. Realidade Cultural: O ideal de Deus para o matrimónio desde a criação é a monogamia (Génesis 2.24). Contudo, na época de Paulo, a poligamia ou concubinato era uma prática social aceitável em algumas culturas.
     Adaptação e Modelo de Liderança: Paulo lidou com esta "situação crítica fronteiriça" tolerando provisoriamente a poligamia para os novos cristãos convertidos, a fim de não criar dificuldades sérias à sobrevivência familiar. No entanto, ele estabeleceu um modelo para a liderança da igreja, exigindo que presbíteros e diáconos fossem "marido de uma só mulher" (1 Timóteo 3.2,12; Tito 1.6). Isso demonstra que Paulo "lançava as bases para conquistar o ideal ético bíblico" da monogamia no futuro.
Escravidão:
     Princípio de Liberdade Divina: A Bíblia estabelece que todo ser humano é livre, criado à imagem de Deus (Génesis 1.27), e que o homem deveria dominar a natureza, não outros seres humanos.
     Realidade Cultural e Abordagem de Paulo: A escravidão era uma prática universal e endémica na sociedade greco-romana e judaica da época de PauloPaulo, embora reconhecesse a liberdade como um valor superior vindo de Deus, não pregou abertamente contra a escravidão nem incentivou a revolta dos escravos.
     Ressignificação da Condição: Ele aconselhou os escravos cristãos a permanecerem na sua condição se não pudessem obter a liberdade legalmente, mas ressignificou a sua identidade em Cristo: "pois aquele que foi chamado no Senhor, mesmo sendo escravo, é um liberto do Senhor; e assim também o que foi chamado sendo livre escravo é de Cristo" (1 Coríntios 7.22). Na prática, Paulo subverteu a ideologia da escravidão ao instruir um senhor de escravos, Filemom, a receber o seu escravo fugitivo Onésimo "não já como escravo, antes, mais do que escravo, como irmão amado". Embora não exigindo a abolição imediata da instituição, esta postura de Paulo introduziu uma "enorme tensão na escravidão como sistema social", que seria uma consequência da vivência dos princípios cristãos.
     Transformação Gradual: Para Paulo, as distinções sociais eram ultrapassadas no relacionamento dentro da Igreja, mesmo que não pudessem ser evitadas na sociedade. Ele plantou sementes para uma futura transformação, afirmando que a fé cristã deveria ser vivida dentro dos contextos sociais existentes, mas com uma visão de que a salvação de Jesus trazia um nivelamento de todas as pessoas como irmãos.
Em resumo, a teologia paulina, enraizada na distinção entre a velha e a nova era, não visava uma revolução cultural imediata, mas antes uma transformação progressiva. Paulo adaptava-se aos costumes culturais para não "colocar pedras de tropeço" à evangelização, ao mesmo tempo que introduzia e enfatizava princípios superiores do Reino de Deus, como a igualdade em Cristo e o amor fraterno, que, a longo prazo, erodiriam as bases das normas culturais injustas, levando a uma nova postura da Igreja e, por sua influência, da sociedade.

O que é a teologia paulina?

A teologia paulina é uma abordagem teológica que tem como centro da ação de Deus na história o acontecimento de Cristo, especialmente a Sua morte e ressurreição. Para Paulo, este evento inaugurou uma nova era de salvação.
Ela é caracterizada pela distinção entre duas eras:
A era presente (ou contemporânea), que teve início com a queda de Adão, é marcada pelo domínio do pecado e pela rebelião contra Deus. É uma era assinalada pela maldade e governada por Satanás.
A nova era, ou o Reino de Deus, foi inaugurada por Jesus Cristo com a Sua morte e ressurreição. Embora esta era vindoura ainda esteja por vir na sua plenitude (o "ainda não"), a sua eficácia e as suas bênçãos já invadiram a era presente.
Neste contexto, a Igreja é vista como o povo da nova era de Jesus Cristo, uma comunidade que pertence ao futuro, gozando de uma "nova existência em Cristo". A teologia paulina reconhece que a Igreja vive numa tensão entre estas duas eras simultaneamente. Ela é uma comunidade escatológica, que pertence ao futuro, mas que precisa conviver com as culturas, tradições e condutas da velha era.
A teologia paulina propõe que os crentes vivam os princípios da nova vida em Cristo, que são os princípios de Deus vivo. Ao mesmo tempo, devem discernir, dentro de cada sociedade e cultura da era antiga, o que é bom e o que é mau. Este discernimento leva a Igreja a adaptar-se aos costumes locais e temporais, mas com o propósito firme de modificá-los de acordo com os princípios superiores da nova era em Cristo.
Em suma, a teologia paulina é a exposição dos novos fatos redentores focados no ato histórico da salvação em Cristo, que estabeleceu um novo tempo e um novo Reino de Deus, transformando a atitude e a vida dos crentes em meio às realidades culturais da era presente.

Quem é o autor da Bíblia?

De acordo com as fontes fornecidas, o autor da Bíblia é Deus.
Os textos explicam que, embora Deus seja o autor ou criador da Escritura Sagrada, os seus redatores foram seres humanos inspirados pelo Espírito Santo. Deus utilizou as Suas faculdades para que o que
Ele queria transmitir permanecesse registado por escrito para a posteridade, de acordo com a Sua santa vontade. Os livros bíblicos, no que diz respeito aos seus conteúdos, têm a sua origem no Espírito Santo, enquanto a sua configuração e os meios de expressão utilizados são assinalados pelos respetivos autores e pela sua visão conceptual.
Assim, a Bíblia é considerada um livro "divino-humano". Deus fala em linguagem humana através da Bíblia para que o homem possa entender, fazendo alusão a tudo que é terreno e humano, como rios, montes, mares, costumes e culturas.
O texto descreve que Deus se revela ao homem de um modo que o homem consegue perceber, e que Deus é descrito e age como se fosse homem para facilitar a compreensão das mensagens bíblicas.
Resumo sobre

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O texto fornecido consiste em excertos de um trabalho académico ou livro intitulado "BIBLIOLOGIA (1).pdf", focado principalmente na Teologia Paulina e a ordenação de mulheres ao ministério pastoral. Discute textos bíblicos cruciais de Paulo (Gálatas 3.26-29, I Coríntios 11-14, I Timóteo 2.8-15) e a sua interpretação à luz das eras e das normas culturais da época. Aborda a história de várias igrejas, desde o seu surgimento com Jesus até denominações mais recentes, e explora conceitos teológicos como a inspiração divina das Escrituras, a formação do cânone bíblico, os sacramentos, a relação do cristão com o Estado, e a existência de Satanás. Além disso, apresenta análises detalhadas de diversos livros da Bíblia, incluindo seu propósito, conteúdo e autoria, com contribuições de vários teólogos e doutores em filosofia e letras.

Que concepções teológicas fundamentais emergem sobre a autoridade bíblica e o Espírito Santo?

As concepções teológicas fundamentais que emergem das fontes sobre a autoridade bíblica e o Espírito Santo são as seguintes:
Autoridade Bíblica
Natureza Divino-Humana e Propósito: A Bíblia, ou Bibliologia, é um assunto introdutório e auxiliar das Escrituras Sagradas, que se destina a uma melhor compreensão por parte do leitor. É um livro divino que chegou aos humanos através de canais comuns, tornando-se "divino-humano" e a "Palavra Viva" (Jesus Cristo). O autor da Bíblia é Deus, e os seus escritores foram homens. Através dela, Deus fala em linguagem humana para que o homem possa entender, fazendo alusão a tudo que é terreno e humano.
Inspiração e Inerrância: As Escrituras Sagradas, no decorrer de muitos séculos, registaram as revelações e atos histórico-salvíficos de Deus, presenciados pelo homem. A Bíblia é "divinamente inspirada" e proveitosa para ensinar. A inspiração divina significa que o Espírito Santo inspirou os redatores humanos. Os manuscritos originais das Escrituras Sagradas (Antigo e Novo Testamento) são considerados de "plena inspiração divina e na inerrância".
Fundamento e Regra de Fé: A Escritura Sagrada é a "pedra angular do princípio da Igreja". É o fundamento da doutrina da Igreja de Jesus Cristo. É também a "única regra de fé suficiente e infalível da revelação de Deus em Seu propósito redentor e como norma para a nossa conduta aqui no mundo". A regra infalível de interpretação das Escrituras é a própria Escritura.
Conteúdo e Organização: A Bíblia é uma coleção de livros do Antigo e Novo Testamento, escrita por mais de 40 autores ao longo de séculos. É composta por duas partes fundamentais, que dão testemunho do plano de salvação de Deus e estão interligadas. Jesus Cristo é o centro da Escritura, e o Antigo Testamento deve ser interpretado a partir d'Ele, pois sua principal função é organizar e testemunhar a vinda do Messias.
Uso e Compreensão: A leitura regular da Escritura Sagrada é recomendada para conforto, aperfeiçoamento, orientação, advertência e enriquecimento do conhecimento edificante. A compreensão correta e profunda da Bíblia só é possível sob o efeito e atuação do Espírito Santo. Os apóstolos de Jesus estão incumbidos de interpretar a Escritura Sagrada através do Espírito Santo.
O Espírito Santo
Natureza Divina e Função na Trindade: O Espírito Santo é a terceira pessoa da divindade. Ele é parte do Deus Trino, sendo "co-igual em poder e em glória e co-eterno" com o Pai e o Filho. A sua natureza divina e união com o Pai e o Filho são professadas no Credo Niceno-Constantinopolitano: Ele é "Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos Profetas".
Atuação e Manifestação: O Espírito Santo foi enviado no Pentecostes para manter viva a automanifestação de Deus como ser trino: Pai, Filho e Espírito Santo. Ele revela Deus como Criador, Salvador de Israel, Reconciliador dos homens e Recriador. O Espírito Santo penetra todas as coisas, incluindo as profundezas de Deus, e é essencial para que os ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus interpretem a Escritura Sagrada em nome de Jesus Cristo.
Regeneração, Santificação e Consolação: O Espírito Santo é o "regenerador, santificador, consolador das nossas vidas". Ele habita no crente desde o momento da conversão a Jesus Cristo. A fé é gerada pela Sua habitação em cada um. A atuação do Espírito Santo faz com que a renovação essencial do Homem e da criação se tornem possíveis, sendo conseguida no homem através dos sacramentos.
Conhecimento e Orientação: Jesus prometeu aos Seus apóstolos que, através do Espírito Santo, receberiam mais conhecimentos sobre a natureza de Deus e o Seu plano salvífico. O Espírito Santo continua a comunicar novos conhecimentos à Igreja, mesmo que subtilmente referidos na Escritura Sagrada, como a doutrina da mediação salvífica para os falecidos. Ele conduz os crentes "em toda a verdade" e manifesta a vontade de Deus.
Devoção e Não Entristecimento: A devoção para com o Espírito Santo deve ser dupla: negativa (não desonrá-lo) e positiva (honrá-lo). É fundamental não O extinguir pelo pecado mortal nem entristecê-lO por pecados voluntários, mas corresponder às Suas inspirações e dons. O alto valor e a necessidade de uma grande devoção ao Espírito Santo são cruciais para a vida espiritual.
Dons e Unidade: O Espírito Santo distribui dons espirituais a cada crente "como quer", sem restrições baseadas no género, para a edificação, aperfeiçoamento e unidade do Corpo de Cristo. O batismo com o Espírito Santo, efetuado na conversão, introduz o crente no Corpo de Cristo. A fé no Espírito conduz à verdade e manifesta a vontade de Deus.