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quarta-feira, 3 de julho de 2024

JESUS É A CHAVE DO PODER

 JESUS  É A CHAVE DO PODER

 "Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves  do Reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será ligado nos céus"

  A Biblia não é um livro criado para discutir certo ou errado os tópicos complicados ou controversos que se relaciona a doutrina ou crenças cristã. Seu principal objetivo é compartilhar as mensagens do evangelho amigável e abragente de forma acessível.

  Em Tessalonicenses 5:21, podemos compreender o que Apóstolos Paulo exortou: "Podemos reter o que é bom e rejeitar o que é mau". Ao usar qualquer fonte bíblica sobre orientação espiritual, é bom e sempre sábio discernir e comparar com a Bíblia e reter o que é verdadeiro e edificante e descartar o que pode ser confuso ou impreciso. Aquele que crê, e é muito confuso, deve procurar com o amor espiritual o que a Palavra de Deus fala.

  O Espírito Santo tem a capacidade de se comunicar e se revelar de maneiras surpreendentes e variadas, sobre a interpretação que ouvimos que cada pessoa recebe o dom de revelar de acordo com sua fé e a sua  graça, recebida do dom dado a cada um. Ouvir "Jesus tomou a chave de Satanás", nada mais que uma alusão de interpretar de um jeito incomum .

   A ideia de que Cristo desceu ao inferno após a ressurreição e tomou as chaves de Satanás é um tema que tem gerado bastante debate teológico. Vamos analisar isso à luz das Escrituras e do contexto histórico e cultural. Contexto Bíblico: A passagem que muitas vezes é citada em relação a este tema é Apocalipse 1:18, onde Jesus diz: "Eu sou aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades."

 Análise Exegética
1. Contexto Histórico e Cultural:
 No contexto judaico do primeiro século, o "Hades" era entendido como o lugar dos mortos, uma concepção que tem raízes na nação e tradição hebraica do "Sheol". Não era necessariamente um lugar de tormento, mas sim um lugar onde os mortos aguardavam o julgamento.

  2. Explicação Teológica: 
 A declaração de Jesus em Apocalipse 1:18 é uma afirmação de Sua vitória sobre a morte e o Hades. Ao ressuscitar, Jesus demonstrou Seu poder sobre a morte, que é o último inimigo (1 Coríntios 15:26).

  A "chave" simboliza autoridade e controle. Portanto, quando Jesus diz que tem as chaves da morte e do Hades, Ele está afirmando que tem autoridade sobre a morte e o destino final dos mortos.

   3. Interpretação Simbólica:
  A chave é um símbolo de poder e autoridade. No contexto bíblico, dizer possuir a chave de algo significa ter controle absoluto sobre isso. Por exemplo, em Isaías 22:22, a chave da casa de Davi é dada a Eliakim, simbolizando sua autoridade.

   4. Etimologia:
   A palavra grega usada para "chave" é (kleis), que significa literalmente uma chave, mas figurativamente pode significar poder ou autoridade. "Hades" é a palavra grega para o mundo dos mortos, equivalente ao "Sheol" hebraico.

Exemplos Concretos 1 Pedro 3:18-20: Alguns interpretam esta passagem como uma referência a Cristo pregando aos espíritos em prisão, o que alguns entendem como uma descida ao Hades.

 No entanto, como esta interpretação é debatida e não é universalmente muito aceita. Efésios 4:8-10 fala sobre Cristo "descendo às partes mais baixas da terra" e depois ascendendo, o que alguns interpretam como uma referência à Sua vitória sobre as forças do mal. 

   Conclusão: ideia de que Cristo desceu ao inferno e tomou as chaves de Satanás não é explicitamente afirmada nas Escrituras. O que é claro, no entanto, é que Jesus, através de Sua morte e ressurreição, conquistou a morte e tem autoridade sobre o Hades. Ele possui as chaves, simbolizando Seu poder e controle sobre o destino final de todos os seres humanos.
 Para uma melhor compreensão mais profunda, é importante considerar e tornar claro o contexto histórico, cultural e teológico das passagens bíblicas relevantes e reconhecer que algumas interpretações podem variar entre diferentes tradições cristãs.   

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