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domingo, 12 de junho de 2022

REFORMADOR PROTESTANTE CALVINO

 BÍBLIA EXPOSITIVA 

Calvino cria que, quando a Bíblia era aberta e explicada de forma correta e coerente, a soberania de Deus era manifestada para a congregação imediatamente. Como erudito e conhecedor dos idiomas originais, quando pregava no Antigo Testamento, o texto era traduzido diretamente do hebraico. Quando pregava sobre o Novo Testamento, pregava diretamente no grego original. Em suas pregações, sempre tinha à sua frente um Antigo Testamento hebraico ou um Novo Testamento grego e, geralmente, não usava quaisquer anotações em seus sermões (LOPES, 2008, p. 50). Suas pregações eram repletas de conteúdo bíblico. Muito embora tivesse obtido uma formação humanística, Calvino rejeitou toda teologia de cunho natural e especulativa, optando pelas Escrituras como o caminho mais seguro para o conhecimento de Deus (MATOS, 2008, p. 156). Sua preocupação era levar as pessoas a uma adoração apropriada de Deus, pois, para tanto, não existe outro meio a não ser as Escrituras. Sobre este fato MACGRATH (2007) comenta dizendo:

“É precisamente porque Calvino atribui uma importância suprema à adoração apropriada de Deus, à medida que este revelou a si mesmo em Jesus Cristo, que ele considera tão importante reverenciar e interpretar, corretamente, o único meio através do qual se pode obter o pleno e definitivo acesso a esse Deus, as Escrituras” (MACGRATH, 2007, p. 157).

Citando Parker, LOPES (2008) considera a pregação de Calvino dizendo:

“Domingo após domingo, dia após dia, Calvino subia as escadas do púlpito. Ali ele guiava pacientemente a congregação, versículo por versículo, livro após livro da Bíblia. O que o levava a pregar e a pregar como fazia? O impulso ou compulsão de pregar era teológico. Calvino pregava porque cria. Pregava como fazia por acreditar no que fazia” (LOPES, 2008, p. 50).

O grande reformador de Genebra tinha plena consciência de que a autoridade de sua pregação não se encontrava nele mesmo. Ele disse: “quando subimos ao púlpito, não levamos conosco nossos sonhos e nossas fantasias”. Ele sabia que assim que os homens se afastam da Palavra de Deus, ainda que seja em pequena proporção, eles pregam nada mais que falsidades, vaidades, mentiras e enganos. É tarefa do expositor bíblico, dizia ele, fazer com que a suprema autoridade da Palavra divina influencie seus ouvintes (LAWSON, 2008, p. 35). Para Calvino, a primeira marca de uma igreja verdadeira é a pregação fiel da Palavra de Deus. Sobre este fato STOTT (2003) comenta:

“Enquanto Calvino escrevia suas Institutas na paz comparativa de Genebra, ele, também, exaltava a Palavra de Deus. Em especial, enfatizava que a primeira marca, a principal, de uma igreja verdadeira, era a pregação fiel da Palavra. Sempre onde vemos a Palavra de Deus pregada e ouvida com pureza, escreveu ele, e os sacramentos administrados segundo a instituição de Cristo, ali, não se pode duvidar, existe uma igreja de Deus” (STOTT, 2003, p. 26).

Como ministro titular em Genebra, Calvino pregava duas vezes aos domingos e todos os demais dias da semana em semanas alternadas, de 1549 até sua morte em 1564. Calcula-se que tenha pregado mais de dois mil sermões somente no Antigo Testamento. Passou um ano fazendo a exposição de Jó e três anos em Isaías (LOPES, 2008, p. 52). Sob a administração de Calvino, Genebra alcançou crescimento espiritual, moral e material. LAWSON (2008) cita James Montgomery Boyce que afirmou o seguinte sobre Calvino e sua obra em Genebra:

“Calvino não tinha outra arma senão a Bíblia... Ele pregava a Bíblia todos os dias, e, sob o poder desta pregação, a cidade começou a ser transformada. Conforme o povo de Genebra adquiria conhecimento da Palavra de Deus e era transformado por ela, a cidade tornou-se, como John Knox chamou-a mais tarde, uma Nova Jerusalém, de onde o evangelho espalhou-se para o resto da Europa, para a Inglaterra, e para o Novo Mundo” (LAWSON, 2008, p. 15).

As pregações de João Calvino eram consideradas amplas e minuciosas acerca das Escrituras. Este era o sentimento presente na pregação de Calvino. Do começo ao fim, era Soli Deo Gloria: Somente para a honra e majestade de Deus (LAWSON, 2008, p. 79). Seu ministério teve ampla influência na cidade de Genebra como em todo mundo da Época. De todas as partes chegavam estudantes para estudar e serem treinados para o sagrado ministério aos pés de João Calvino. Sobre este fato GONZÁLEZ (2011) registra:

“Naquela academia, a juventude genebrina se formou segundo os princípios calvinistas. Porém, seu principal impacto se deve a que pessoas procedentes de vários outros países cursaram nela estudos superiores. Depois elas levaram o calvinismo a seus países” (GONZÁLEZ, 2011, p. 69).

Do começo ao fim de seu ministério, Calvino manteve sua pregação singularmente focalizada na explicação do significado planejado por Deus para o texto bíblico. Como Parker escreveu: “A pregação expositiva consiste na explanação e aplicação de uma passagem das Escrituras. Sem explanação ela não é expositiva; sem aplicação ela não é pregação” (LAWSON, 2008, p. 79). Calvino se dedicou com rigor a esta tarefa. Beza afirmou sobre a pregação de Calvino que “Cada palavra pesava uma libra”. Calvino exerceu influência em vários de seus contemporâneos, dentre os quais Henry Bullinger (1504-1575) e o reformador John Knox (1513-1572), (LOPES, 2008, p. 52). Anos depois, Charles Haddon Spurgeon expressou as seguintes palavras a respeito de João Calvino: “Nenhum outro homem pôde expressar, conhecer e explicar as Escrituras de forma mais clara do que a forma como Calvino o fez” (LAWSON, 2008, p. 119).

4.3. A exposição bíblica de Calvino à era moderna

A história da Igreja está repleta de exemplos de bons pregadores, como os já citados João Crisóstomo, Agostinho e os resultados gloriosos que a pregação expositiva proporcionou à igreja de Cristo. Onde a Palavra foi pregada com fidelidade a igreja experimentou resultados satisfatórios. Com a Reforma Protestante, com a volta às Escrituras, a igreja se reergueu das cinzas do descrédito e multidões foram transformadas pelo poder da Palavra de Deus. Martinho Lutero e João Calvino foram expositores fiéis da Palavra de Deus.

Os puritanos são herdeiros leais do movimento reformado. Viveram em uma época de perseguição e martírio. Criam na soberania de Deus, na supremacia das Escrituras e na importância da pregação expositiva. Colocavam o púlpito no centro do templo, mostrando a centralidade e primazia da pregação. Pregavam com ardor e sentido de urgência. Richard Baxter, o mais conhecido de todos os expoentes puritanos, certa vez disse: “Preguei como se tivesse certeza de que nunca mais pregaria. Preguei como um homem prestes a morrer, para pessoas que estão mortas em seus pecados” (MOHLER, 2009, p. 143). O objetivo do puritano era tornar seus ouvintes melhores cristãos, pois, consideravam o evangelho o remédio para a alma (LOPES, 2008, p. 58).

O século XVIII também foi beneficiado através do ministério de vários pregadores de grande destaque. Na Inglaterra, John Wesley e George Whitefield foram os nomes mais famosos na área da pregação. Ambos foram missionários na América, na Nova Inglaterra. Da mesma forma, Howell Harris e William Williams, no País de Gales, destacaram-se como pregadores e poderosos reavivalistas. Na América do Norte, Jonathan Edwards destacou-se como a maior figura do puritanismo. David Vaughan, falando sobre a espiritualidade de Edwards afirma:

“A espiritualidade de Edwards apresentava-se não só numa profunda humildade, mas também numa profunda santidade. Todos que o conheciam ficavam impressionados com sua integridade, honestidade, imparcialidade e modéstia; tudo isso estava arraigado na conformidade de sua alma à vontade de Deus” (LAWSON, 2010, p. 77).

O século XIX, por sua vez, experimentou uma série de grandes despertamentos na Inglaterra, no País de Gales, Escócia e América do Norte. No entanto, a igreja sofreu grande perseguição ideológica. Nacionalismo, evolucionismo e liberalismo teológico produziram grande devastação na igreja. O iluminismo, com seu ponto de vista centrado no homem, considerou a razão humana o juiz supremo de tudo, rejeitou os milagres, a revelação e as doutrinas sobrenaturais, como a encarnação e a redenção (LOPES, 2008, p. 60-61).

O século XX, também produziu grandes expositores das Escrituras. E ainda assim, alguns deles foram e continuam sendo grandes pregadores da Palavra de Deus. Marcado por grande entusiasmo, com o avanço da ciência, a humanidade no auge das conquistas e muitas nações se orgulhando de sua prosperidade, o humanismo em ascendência colaborou para que no mínimo duas guerras demonstrassem a brutalidade de seres sem o temor de Deus. Ainda assim, a Palavra de Deus, que é infalível, continuou produzindo transformação. Dietrich Bonhoeffer (1906-1945) que foi capturado pelos nazistas em abril de 1943, passou dois anos na prisão e foi enforcado em abril de 1945 (BROWN, 2007, p. 171). Ele ressaltava de forma tão veemente a importância da pregação ao ponto de dizer:

“O mundo existe com todas as suas palavras por causa da palavra proclamada, no sermão, lança-se o fundamento para um novo mundo. Nele a palavra original torna-se audível. Não é possível fugir nem se afastar da palavra dita no sermão; nada nos livra da necessidade desse testemunho, nem sequer o culto ou a liturgia. O pregador deve estar seguro de que Cristo entra na congregação mediante essas palavras da Escritura por ele proclamadas” (LOPES, 2008, p. 64).

O Dr. Martyn Lloyd-Jones (1899-1981) foi o sucessor de George Campbell Morgan (1863-1945), na Capela de Westminster em Londres. Lloyd-Jones deu grande importância a pregação expositiva. Dizia: “Qual é a principal finalidade da pregação? Gosto de pensar que é esta: dar a homens e mulheres o senso de Deus e de sua presença” (JONES, 1976, p. 95).

Muitos outros pregadores influenciaram e ainda influenciam a exposição bíblica no século XX, dentre os quais John Stott, W. A. Criswell, John MacCarthur, Ray Stedman, John Piper e outros. A história da igreja está repleta de bons pregadores, que através da exposição puramente bíblica, conduziram o corpo de Cristo ao genuíno crescimento. A Reforma Protestante, a volta às Escrituras, proporcionou grande despertamento e inúmeras vidas foram transformadas pelo poder de Deus mediante a exposição bíblica. Da mesma forma, os puritanos alcançaram grande êxito fazendo uso do mesmo estilo de pregação. Portanto, este capítulo afirma que a exposição puramente bíblica foi a causa do triunfo do cristianismo e do crescimento da igreja. De modo que, afirma-se que a exposição bíblica, muito embora não seja o único fator, sem ela, é impossível estabelecer uma igreja forte e saudável. João Calvino dizia: “Deus cria e multiplica sua igreja somente por meio de sua Palavra. É só pela pregação da graça de Deus que a igreja escapa de perecer” (LAWSON, 2008, p. 43).

5. A exposição bíblica e a igreja contemporânea

A confissão de Fé de Westminster (2001) declara:

“Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência manifestam de tal modo a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, todavia não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e de sua vontade, necessário à salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda. Isso torna a Escritura Sagrada indispensável, tendo cessado aqueles antigos modos de Deus revelar a sua vontade ao seu povo” (WESTMINSTER, 2001, p. 15).

Da mesma sorte, a Confissão de Fé Congregacional (2015), declara o seguinte a respeito da Palavra de Deus:

“Por esta fé, o cristão crê ser verdadeiro tudo quanto está revelado na Palavra, pois a autoridade do próprio Deus fala em Sua Palavra; e age de conformidade com o que cada trecho específico da mesma contém, obedecendo aos mandamentos, tremendo ante suas ameaças, e abraçando as promessas de Deus para esta vida e a vida por vir” (CONGREGACIONAL, 2015, p. 69).

A supremacia da Palavra de Deus e a primazia da pregação pura são elementos indispensáveis em relação ao crescimento saudável da igreja de Cristo. Não existe outro meio pelo qual se possa proclamar as verdades contidas nas Escrituras, a não ser através da verdadeira pregação. DEVER (2007) salienta: “A primeira marca de uma igreja saudável é a pregação expositiva. Não é somente a primeira marca; é a mais importante de todas as marcas, porque, se você desenvolvê-la corretamente, todas as outras a seguirão” (DEVER, 2007, p. 40).

A Bíblia é a regra suprema de doutrina e de vida, de fé e prática (2 Tm 3.16,17). A Bíblia não é somente poderosa, ela é inigualável. CHAPELL (2007), trabalha cinco princípios pelos quais podemos perceber o poder transformador da Palavra de Deus:

Cria: “Disse Deus; Haja luz; e houve luz” (Gn 1.3). “pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou e tudo passou a existir” (Sl 33.9).

Controla: “Ele envia as suas ordens à terra, e sua palavra corre velozmente; dá a neve como lã e espalha a geada como cinza. Ele arroja o seu gelo em migalhas... manda sua palavra e o derrete” (Sl 147. 15-18).

Persuade: “... mas aquele em quem está a minha palavra fale a minha palavra com verdade (...) diz o Senhor. Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?” (Jr 23.28,29).

Cumpre seus propósitos: “ Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que reguem a terra... assim também será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a designei” (Is 55.10,11).

Anula os motivos humanos: Na prisão, o apóstolo Paulo se regozijava, porque quando outros pregavam a palavra, “... quer por pretexto, quer por verdade”, a obra de Deus seguia adiante (Fp 1.18)” (CHAPELL, 2007, p. 18-19).

O apóstolo Paulo escreveu: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3.16). Não são as novidades do mercado da fé que irão fazer da igreja uma entidade pura e imaculada, mas as finas iguarias encontradas na Palavra de Deus. A respeito da importância e centralidade das Escrituras na vida da igreja, LOPES (2008) afirma:

“A Bíblia é a escola do Espírito Santo em que o homem aprende tudo que é necessário e prático para ter uma vida abundante. É o livro por excelência, inspirado por Deus, escrito por homens, concebido no céu, nascido na terra, odiado pelo inferno, pregado pela igreja, perseguido pelo mundo e crido pelos eleitos de Deus” (LOPES, 2008, p. 72).

A igreja contemporânea precisa desesperadamente de uma volta completa às Escrituras, pois somente a Bíblia que é a Palavra de Deus triunfou diante de todas as adversidades impostas pelo inimigo da noiva de Cristo. O profeta Isaías disse: “seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente” (Is 40.8). Da mesma forma, o Senhor Jesus Cristo afirma: “passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não

sábado, 4 de junho de 2022

"Só é doutor quem tem doutorado". Só é mestre quem tem "Mestrado"?


 


Só é mestre quem tem mestrado”. Achou essa afirmação sem sentido? Por quê? Será que a justificativa que você deu para negá-la aplicar-se-ia à frase “só é doutor(a) quem tem doutorado”? Há muito tempo, há uma discussão imensa sobre se é correto o uso do termo “doutor(a)” para médicos, assim como para pessoas formadas em Direito. Não digo que é uma discussão relevante para a sociedade, muito menos para o site nem tanto assim para mim, pois, particularmente, não tenho a mínima pretensão de ser chamado de “doutor” por ninguém depois de formado; mesmo assim, como envolve a minha área de atuação, decidi elaborar este artigo que, vale a pena esclarecer, é meramente opinativo.

O que costumam dizer para defender tal ponto é que “doutor” é um título, não um pronome de tratamento, que deve ser aplicado apenas àquele que tenha doutorado em alguma área, implicando que não deva ser usado para referir-se a alguém que não o possua. Entretanto, tais sujeitos parecem ignorar a importância dos contextos sociais e históricos que estejam por trás do termo, muito embora o façam quanto a outras palavras. Ora, chama-se de “mestre” quem conclui o mestrado, mas pessoas com conhecimento em determinadas áreas também recebem o adjetivo, como “mestre de artes marciais”, “mestre-cuca”, etc. Da mesma forma, o termo “seu”, que foi usado como pronome possessivo, é, também, usado como pronome de tratamento (Seu Manoel, Seu João, etc.), por mais que a origem da última significação seja distinta (senhor – sinhô – siô – seu).

É bastante provável que haja um contexto cultural embutido na atribuição de significados paralelos para esses termos; por que, com “doutor”, isso seria diferente?

Para sanar minha curiosidade sobre a história e etimologia da palavra “doutor” e, talvez, a de vocês, perguntei ao meu amigo Atyla Neto, médico ortopedista, conhecedor da História da Medicina, explicar-me sobre tal. Nas palavras dele:

“O termo Doutor vem do verbo latino docēre (ensinar). No fim do estudo universitário nas universidades da Idade Média, de acordo com as tradições da escolástica, obtinha-se a licença para ensinar (licentia doscendi), originalmente exclusiva da igreja. Assim, depois da conclusão de um curso universitário, o graduado se intitulava doutor e tinha o direito de ensinar na academia. Até então, a profissão de médico era aprendida de maneira informal e os termos ἰατρός (iátros) ou medicus eram encontrados na literatura.

No ano de 1221, o então imperador da Itália, Frederico II declarou que ninguém poderia tornar-se médico sem ser examinado publicamente pelos mestres de Salerno. Era um curso de 5 anos e, como de praxe, na época, os laureados recebiam o título de Doutor Medicinae. A partir daí, o termo de ‘doutor’ começou a ser usado para designar médicos. É uma relação histórica que data da incorporação da medicina à universidade.

Há 900 anos, usa-se o termo Doutor em Medicina para o graduado em medicina. Só no século XIX que o termo doutor começou a designar os portadores de doutorado. Os outros cursos de saúde datam do século XIX, não havendo relação histórica com o uso do Dr. como no caso da medicina, já se adequavam à nova norma universitária.

O mesmo vale para o Direito e todos os cursos que datam dos tempos da escolástica.”

Por fim, já deixando claro alguns pontos que, provavelmente, irão levantar:

“Eu sou obrigado a chamar um médico ou médica de doutor ou doutora?”

Não. O termo é indiferente ao tratamento que um médico deva oferecer-lhe. O médico não tem, portanto, o mínimo direito de ficar ofendido caso não seja tratado com tal palavra e sequer de exigir isso dos outros como forma de respeito.

“O médico precisa mesmo colocar doutor ou doutora no jaleco?”

Colocando “doutor” no jaleco, diz-se que ele está querendo dar um significado além do coloquial, ou seja, que quer usar um termo de maneira formal quando, por ela, tem outro significado. De modo melhor, formalmente, o termo “doutor” tem puro significado de “quem tem doutorado”. Logo, acho que isso não deveria ser feito.

“Mas você não acha que as pessoas querem ser chamadas de doutor ou doutora por mero status?”

Sim, concordo plenamente. No entanto, o propósito com que as pessoas queiram atingir com uma ação não torna a ação ilegítima, o que quer dizer que ser chamado de doutor ou doutora coloquialmente não é errado, mas, em minha opinião, fazê-lo para indicar status e subserviência social de quem chama é totalmente inaceitável, ultrapassando o limiar do ridículo.

Como o texto reflete minha opinião, ficaria feliz que, se o leitor tiver críticas, pudesse falá-las, para que eu possa moldar minha posição e torná-la mais concisa.

OBS: Quanto à comparação entre o “doutorado” e o “mestrado”, eu a fiz para explicar que as palavras podem ganhar vários sentidos e usei dois termos de proximidade (envolvidos no meio acadêmico) para demonstrar isso.


texto no iriginal de acordo com a Lei de imprensa e direitos autorais 

DISSERTAÇÃO: Prova final ao Título de Doutor em Teologia

                                                       
                        DOUTORANDO
No caminho da ciência e da pesquisa teológica
    Concentração em Ciência da Religião

-2022-

FAINTE - FACULDADE DE INTEGRAÇÃO TEOLÓGICA

 Prova final ao Título de Doutor em Teologia 



                     Novo caminho da ciência e da pesquisa Valdeci Fidelis -Th.D

Humilhar-se é muito, ser humilhado é tudo, é o caminho mais seguro e rápido para a glória, se não o de Nosso Senhor Jesus Cristo de quem diz o Apóstolo Paulo: em Felipe 2.8-9 "Humilhou-se até a morte e morte de cruz, por isso Deus o exaltou e lhe deu um nome acima de todo o nome". Assim sem humildade não há virtude, é vício, é timidez, é subserviência, é covardia, obediência não só é toda a virtude, mas faz que sejam virtudes as que não são.

Apresentamos visível destaque que a Bíblia é uma revelação de Deus. E é nos ditos na Bíblia que Deus deu a revelação por inspiração. Se a Bíblia é a revelação de Deus, justo é aceitar falar por si mesma sobre a sua própria natureza. É nosso propósito, então, inquirir neste capítulo do sentido e da natureza da inspiração, segundo Paulo em suas treze (13) cartas sobre a Bíblia Sagrada afirma o propósito testemunho da Sagrada Escritura. Neste curso que estou seguindo, o curso que estou aqui a observar é o pretexto no seu sentido mais elevado. Dar as caras que a razão solicita uma crença na essência de Deus. E abalizar, além disso, que é razoável esperar uma revelação escrita de Deus. É da competência da razão divina, em relação à revelação, primeiro que tudo vem de Deus, examinar a Bíblia que professam ser uma revelação de Deus. Se essas buscas forem satisfatórias, deve, então, a razão é aceitar e comunicar-se com a palavra como vindas de Deus, partir deste princípio, devemos acreditar aceitando as coisas apresentadas como sendo verdadeiras. "A revelação é o vice-rei que apresenta primeiro seus credenciamentos à assembleia provincial e então preside" (Liebnitz). Na maneira pré-citada "a razão mesma prepara o caminho para uma revelação acima da razão e garante uma confiança implícita em tal revelação quando uma vez dada" (Strong). Supra a razão não é contra a razão. É apenas calvo racionalismo que rejeita tudo que não pode aprofundar ou demonstrar racionalmente. "O povo mais irrazoável do mundo é aquele que depende unicamente da razão, no sentido estreito" (Strong). Aqui o arrazoamento ou mesmo o exercício da faculdade lógica não é tudo da razão. A razão, no seu sentido, envolve a aglomerada força mental para distinguir a confiança. A pretexto só pode rejeitar precisamente aquilo que contraria fatos conhecidos. E então, para estar afiançado, a razão deve estar acondicionada em sua atividade por um santo Amor e iluminada pelo Espírito Santo (Strong). A semelhante razão a Escritura não apresenta nada contraditório sobre a separação a proibição da mulher sobre a ordenação feminina ao ministério eclesiástico, conquanto ela faz conhecido muito, além do poder desajudado do homem para descobrir ou compreender completamente. Quando Paulo disse: Toda a Escritura é dada por inspiração de Deus (2 Timóteo 3:16), ele empregou a palavra grega "theopneustos" com a ideia de divina inspiração. A palavra grega compõe-se de "theos", significa Deus, e "pneu", significando respirar. A palavra composta é um adjetivo significando literalmente "inspirado de Deus". Desde que é o fôlego vinda do sopro do criador no homem e este está na mulher, é o mesmo que que produz a fala, esta palavra sopro nas narinas ao criar o primeiro homem imagem e semelhança, tirou de Adão a sua ajudadora Eva, o apóstolo Paulo não confirma que a Bíblia condene ou proibida a mulher de pastorear como autoridade ministerial, proveu um costume muito hábil e impressivo de dizer que a Escritura é a palavra de Deus. 
 Apesar disso, foi só em casos específicos que as palavras a serem escritas constituíram oralmente especificadas pelos escritores da Bíblia. Em muitos casos as mentes dos escritores tornaram-se o laboratório em que Deus converteu Seu fôlego, como se fosse, em linguagem humana. Isto não se fez por um processo mecânico: não se suspenderam a personalidade e o temperamento dos escritores, manifestos ambos nos escritos; diante de várias religiões comparadas neste estudo. Daí lemos em Gaussen: "Ao mantermos que toda a escritura vem de Deus, longe estamos de pensar que nela o homem nada é... Na Escritura todas as palavras são do homem, como lá, também, todas as palavras são de Deus. Num certo sentido, a Epístola aos Romanos é totalmente uma carta de Paulo e, num sentido ainda mais elevado, é totalmente uma carta de Deus". A Informação é um combustível para preencher e mudarmos seja o mundo, seja o curso das ações e introduzir a imagem promotora e mobilizadora da missão evangelizadora, para mobilizar, necessário se faz, antes, informar-se e formar. Hoje temos muitos meios de se comunicar, mostrou-se que a obra de Cristo avançou nos últimos duzentos anos como nunca visto nos dois milênios de Jesus. As informações que temos como internet, a Bíblia nas plataformas de áudios instruindo os analfabetos, o rádio, a TV, o evangelho já chegou a todo o mundo, agora são as pessoas e os locais de mais difícil acesso, e são muitos o que resta ainda para igreja moderna ainda seguindo essa metodologia moderna, são preciosos os conhecimentos para esclarecer tais realidades e urgências é a obrigação de matérias e doutrinas e o conhecer de Deus.
 “Qual deve ser a nossa atitude em relação ao Espírito Santo, e como devemos venerá-lo? A devoção para com o Espírito Santo tem que ser dupla: uma parte é negativa, devemos desonrá-lo; a outra é positiva, devemos honrá-lo. “A primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses, (I.5,19) resume em duas palavras, diz: “Não extingais o Espírito Santo” e aos Efésios, (4,30) “Não entristeçais o Espírito Santo de Deus no qual foste selados para o dia da redenção".
Não apagar o Espírito Santo em nós pelo pecado mortal; não extinguir os efeitos de sua (morada de Deus dentro de nós) em nós, de sua ação sobre nós, pelo desprezo, descaso, negligenciam para corresponder às suas inspirações e os dons em nós. A fé que é gerada pela habitar do Espirito Santo em cada um de nós, pode gerar no homem e na mulher a entrar em comunhão com Deus. Uma habitação celestial veremos em 2 Co 5.1; os seus dez primeiros versículos no capítulo 5 onde o apóstolo Paulo discute sobre o vaso de barro (4.7), a ressurreição de Cristo (4.13-15) e o invisível como também o visível (4.18)
Não entristecer o Divino Espírito, entregando-nos a pecados voluntários, ainda que leves em si. Como havermos de honrá-lo. Antes de tudo fiquemos com o que já fazemos, porém, aproveitemo-lo melhor com o fim de aumentar e aperfeiçoar esta devoção, assim tem a glória do Culto em Cristo e da oração. Basta convencermo-nos do alto valor e da necessidade para nossa vida espiritual de termos grande devoção ao Espírito Santo, para encontrarmos em nosso amor meio e modos de venerá-lo como Ele o merece.

“É nosso dever amar a Jesus o motivo por que o Pai Eterno nos ama,” Pai vos ama porque vós me amastes”. (Jo.16.27). Não há coisa mais sublime para quem tem fé, ter a certeza de Deus, o Onipotente, lhe querer bem e o julga digno de seu amor, Se o amor para Cristo Jesus é a causa do amor do Pai para conosco, é a norma e medida do grau desse amor, amém. Nosso interesse exige e reclama da nossa parte um esforço máximo e continuo para amarmos a Cristo, procurando conhecer os meios e caminhos que devemos escolher para honrar e glorificar, a existência e florescimento por meio da oração, a graça de amar a Jesus. Para amarmos, precisamos conhecer, “Nada se pode amar sem conhecer, e quanto melhor conhecemos a Cristo com todas as veras do nosso coração, devemos tratar de conhecê-lo cada vez mais e melhor”. O primeiro Evangelho é o de luta, de trabalho, de sofrimentos e de obediência à vontade de Deus. A vitória recompensa de nossas virtudes, o combate continua contra o demônio e a nossa natureza decaída e o descanso sem fim.

 “Na Bíblia estes dois evangelhos representam os dois estados a que somos chamados e entre os quais teremos de repartir a nossa existência, um estado na vida presente onde somos assaltados por múltiplos desejos, que não podemos satisfazer, porque não é permitida a lei divina, estamos cercados de mil perigos, que pela graça de Deus havemos de vencer”. Igrejas são obrigadas, e precisam observar quando as pessoas se sentem apoiadas e orientam a sua vida segundo o Evangelho de Jesus Cristo, atestados pelo Espírito Santo e amor a Deus, para, desta maneira, se organizarem para a sua volta e para a vida eterna. Ir ter com todas as pessoas para lhes como pregou o Cristo no Ide ensinar o Evangelho de Jesus Cristo e batizá-las com água e o Espírito Santo. Exercitar assistência pastoral e criar uma comunhão fraterna na qual cada um deverá olhar para as obras de Deus em sua vida, tendo as doutrinas da Bíblia como Palavra de Jesus O Filho de Deus vivo. 

Agradeço ao meu professor na avaliação dessa dissertação humilde, mas feita com grande amor ao evangelho de nosso Redentor e salvador Jesus Cristo de Nazaré. 


Eu agradeço a Fainte suporte do aluno. Valdeci Fidelis 'Doutorando em Teologia'
Tecerei alguns agradecimentos nesse texto publico aqui no meu blog, por se tratar de uma tese de disertação muito longa com mais de 250 páginas, seria impossivel publicá-lo qui, más estará disponibilizado no Player livros;  ou no Google livros.

 Meus Irmãos em Cristo, o curso de doutorado não é para qualquer um. Precisa ter foco e determinação para se dedicar a uma pesquisa com o objetivo de trazer novas descobertas sobre um tema a ser explorado. Muitas vezes o futuro doutor leva de quatro a cinco anos para concluir esse estudo e precisa abdicar de muitas coisas, e você que tem o desejo e deseja fezer isso, tem que ter amor e obediência a Deus. Feliz, recebi da minha querida esposa um agradecimento de "Parabéns, amado amado esposo, você conseguiu, você merece". Eu afirmo a ela que "Essa foi mais uma batalha vencida em prol da ciência e do conhecimento". Eu amo você. 

Minhas irmãs e amados irmãos em Cristo Jesus, agradeço aqueles que me desejaram "parabéns pelo seu doutorado". Lhes afirmos não foi nada fácil chegar até aqui. Os obstáculos foram diversos, muitos desafios, mas acredito que o que mais me deu orgulho foi ter conquistado a permissão para o doutorado sanduíche: comecei em uma faculdade a estudar parte do meu doutorado, mas por falta de doutores para orienção do curso fui avido e me transferir para terminar em outra com suporte a fim de complementar minhas pesquisas em laboratório e contar com o apoio de outros docentes pesquisadores. Isso foi excelente. Conseguir não por merecimento, mas por esforço e tem como centro as minhas pesquisas os olhos, memte e coração, amor e obediência a JesusCristo a quem me dedico como um humilde servo do Senhor, não eu mas é merecedora fé a Jesus que amamos muito. 

 AGRADECIMENTOS
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Orientador:
Agradeço a minha tese dissertativa de doutorando ao meu orientador, que soube me conceder as palavras certas para que eu desenvolvesse este trabalho.


Meus pais; mãe e pai falecidos:

normal;"Agradeço minha tese de doutorado à minha falecida mãe, que me ensinou tanto e tornou possível a realização deste grande sonho em minha vida.
 
DETERMINAR QUE: Opressão e ignorância não ajuda a verdade os opressores se alimentam da ignorância de um povo, da ausência de fala e compreensão acerca das questões que interessam a uma sociedade. Não permita que a preguiça, a vontade de deixar para depois te roubem a chance de não ser mais um a alimentar essa condição. Não deixe que a procrastinação te roube um tempo significativo, repleto de possibilidades em sua vida. É comum nos cansarmos e termos dúvidas quanto ao caminho que traçamos, mas faça as escolhas e aja conforme elas exijam. Jesus tem poder.

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terça-feira, 19 de abril de 2022

Igreja Presbiteriana do Brasil - MARÉ MANSA cantata da páscoa

 

O SIGNIFICADO  DA CEIA DO SENHOR

 Por que da ceia do Senhor e sua celebração? O que é a Ceia do Senhor? Como e quando deve ser celebrada? Quem pode participar dela? Quero esclarecer um pouco desta ordenança de Jesus praticada nas igrejas…  o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão, e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes em que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha.” (1 Coríntios 11.23-26) Observando a expressão “fazei isto”, percebemos que se trata de uma ordem de Jesus. É um imperativo, e fica ainda mais evidente ser uma ordenança para a Igreja, quando Jesus repete a expressão “todas as vezes que”… mostrando que este ato deveria ser parte da nossa prática cristã.

UM MEMORIAL

 Existem um lugar nas Escrituras Sagradas, que mencionam o pão e o vinho se tornando literalmente o corpo e o sangue do Senhor na hora em que o partilhamos. Pelo contrário, Jesus deixa claro o caráter simbólico do ato ao dizer: “fazei isto em memória de mim”. A ceia do Senhor é um momento de recordação do que ele fez por nós ao morrer na cruz para a remissão dos nossos pecados. Quando a celebramos, estamos anunciando a morte do Senhor Jesus até que Ele volte! Os elementos são, portanto, figurativos, e não literais. 

UM RITUAL DE ALIANÇA:

 Os orientais davam muito valor à alianças, e as respeitavam. Quando Jesus institui exatamente o pão e o vinho como os elementos da ceia, ele sabia exatamente o quê estava fazendo. Para os judeus, o pão e vinho faziam parte de um ritual de aliança de sangue, o mais alto nível de aliança a que alguém poderia se submeter. Ao contrair uma aliança deste nível, as duas partes estavam declarando que misturavam suas vidas e tudo o que era de um passava a ser de outro e vice-versa; por isso Jesus declarou na ceia que o cálice era a aliança no seu sangue, estabelece com isso, na ceia, um ritual de aliança. No Velho Testamento "vemos Abraão indo ao encontro de Melquisedeque, sacerdote do Deus altíssimo, e levando pão e vinho. O que era isto? Um ritual de aliança. Quando ceamos, estamos reconhecendo que realmente estamos aliançados com Cristo, e que nossas vidas estão misturadas, fundidas uma na outra (1 Co.6.17). Jesus deixou bem claro aos que o seguiam que não bastava apenas simpatizar-se com ele ou seguí-lo pelos milagres que operava, mas que era necessário aliança, e aliança no mais elevado e sagrado nível que os judeus conheciam: a aliança de sangue. Muitos não compreendem isto por não conhecer os costumes da época, mas era a este tipo de aliança que Jesus se referia ao proferir estas palavras: “Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue, permanece em mim e eu nele.” (João 6.53-56)" É óbvio que Jesus não falava sobre comer a carne literalmente, mas sim sobre aliança, sobre mistura de vida; isto fica claro quando o Mestre conclui dizendo que tal pessoa permaneceria nele e ele nesta pessoa. Este texto também não fala diretamente da ceia, mas sim da nossa aliança com Cristo; embora deixe claro qual é figura da ceia: um ritual de aliança onde testemunhamos comunhão entre nós e o Senhor Jesus Cristo. 

UM TEMPO DE COMUNHÃO No tempo apostólico as ceias eram também chamadas de “ágapes” (ou “festas de amor Jd.12), o que reflete parte de seu propósito; as ênfases na expressão “corpo” que encontramos no ensino bíblico da ceia, reflete esta visão de unidade e comunhão. Encontramos mesa que é um lugar para celebração da comunhão em praticamente quase todas as culturas e épocas, e a mesa do Senhor não deixa de ter também esta característica. 

UM ATO DE CONSEQUÊNCIAS ESPIRITUAIS. 

Na epístola de Paulo aos coríntios, fica claro que a Ceia do Senhor tem consequências espirituais; ela será sempre um momento de benção ou de maldição para os que dela participam. “Porventura o cálice da benção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?” Quando abençoamos o cálice à mesa, não participamos do sangue de Cristo? E, quando partimos o pão, não participamos do corpo de Cristo? E, embora sejamos muitos, todos comemos do mesmo pão, mostrando que somos um só corpo (Corintios 10.16-17)". Observe o termo “cálice da benção”. 

Isto não é figurado, é real. A Ceia do Senhor traz bênçãos espirituais sobre aqueles que dela participam. Um outro termo empregado neste versículo, que nos revela algo importante, é “comunhão”; quando ceamos, estamos pela fé acionando um poderoso princípio, temos comunhão com o sangue e com o corpo de Cristo! O que isto significa? Quando Ele derramou seu sangue, Jesus o fez para a remissão de nossos pecados, logo, ao comungarmos o sangue, estamos provando que tipo de bênçãos? A purificação, e também a proteção, pois o diabo não pode transpor o poder do sangue de Cristo para nos tocar (Ex 12.23, Ap 12.12). 

E o que significa ter comunhão com o corpo? O corpo de Jesus foi moído porque ele tomou sobre si nossas enfermidades, e as nossas dores carregou sobre si, e pelas suas feridas fomos sarados, confere em (Isaías 53.4,5). A obra redentora de Cristo nos proporciona cura física, e na Ceia do Senhor é um momento onde podemos provar a benção da saúde a da cura. Naqueles tempos muitos se encontravam debilitados e em plena fraquesas e doentes na igreja de Corinto por não discernirem o sentido do corpo do Senhor Jesus Cristo na Santa Ceia. 

Ao falar sobre comungarem com o corpo do Senhor, Paulo se referia não apenas ao corpo do Cristo crucificado por meio do qual somos sarados, mas também ao corpo ressurreto, no qual habita toda a plenitude da divindade e é fonte de vida aqueles que com Ele comungam. A Ceia do Senhor deve ser um momento especial na vida, em especial de comunhão, reflexão, devoção, fé, e adoração ao nosso Salvador e Redentor. Tudo devemos buscar para ser feito de coração e com reverência, pois é um ato de conseqüências espirituais. 

A PALAVRA MALDIÇÃO: A Bíblia não usa especificamente esta palavra, más mostra que a maldição pode vir como um juízo de Deus para quem desonra a Ceia do Senhor. 'Depois de ter dito que ao participar da mesa do Senhor a pessoa está anunciando a morte de Jesus até que ele venha', o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, traz uma severa advertência: “Quem, comendo pão ou bebe do cálice do Senhor indignamente é culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. ( Co 11.27-32 NV), em outra versão biblica diz: aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice, pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão porque há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem. Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1 Coríntios 11.27-32).

 Para muitas pessoas, a Ceia é algo que as amedronta; preferem não participar dela quando não se sentem dignas, para não serem julgadas; mas veja que a Bíblia não nos manda deixar de tomar, e sim fazer um auto-exame antes, pois se houver necessidade de acerto devemos fazê-lo o mais depressa possível "aquele que é a verdadeira luz, que ilumina a todos, estava chegando ao mundo; NV(1 Jo 1.9). Deixar de participar da mesa do Senhor é desonrá-la também! Devemos ansiar pelo momento em que dela partilharemos, e não evitá-la. Mas há aqueles que querem fingir que estão bem, e participam sem escrúpulo algum do que é sagrado; para estes, não tardará o juízo. Participar da mesa do Senhor tem conseqüências espirituais; ou o cristão é abençoado ou é amaldiçoado. Não há meio termo; a refeição não é apenas um simbolismo; não se participa da Ceia do Senhor como se participa de uma cerimônia qualquer, pois é um momento santificado por Deus e de implicações no reino espiritual. 

QUEM PODE PARTICIPAR:

 A Ceia, como ritual de aliança que é, destina-se, portanto, aos que já se encontram em aliança com Cristo; ou seja, aos que já nasceram de novo e estão em plena comunhão com Deus. Há igrejas que só servem a Ceia para quem pertence ao seu rol de membros; consideramos isto um grande erro, pois a Ceia do Senhor é para quem o serve de todo coração, independentemente de tal pessoa congregar em nossa igreja local ou não; se a pessoa faz parte do Corpo de Cristo na terra, então deve participar da mesa. Há ainda, aqueles que afirmam só poder participar da Ceia do Senhor quem já se batizou nas águas, mas não há sustentação bíblica para isto; desde o momento em que a pessoa se comprometeu com Cristo em sua decisão ela já está dentro da aliança firmada por Jesus na cruz. Entendemos que o novo convertido deva ser encaminhado para o batismo tão logo seja possível. 

Os critérios básicos são: estar aliançado com Cristo, e com vida espiritual em ordem. Contudo, não proibimos ninguém de participar, apenas ensinamos o que a Bíblia diz, para que cada pessoa julgue-se a si mesma. Nem Judas Iscariotes, em pecado e endemoninhado foi proibido por Jesus de participar da Ceia (Lc 22.3,21). A instrução bíblica é que a pessoa se examine a si mesma, e não que seja examinada pelos outros. Portanto não examinamos ninguém, nem as proibimos, só instruímos. Se a pessoa insistir em participar de forma indigna colherá o juízo divino. ONDE ACONTECE Não há um lugar determinado para se realizar a Ceia, onde quer que estejam reunidos os cristãos ela poderá ser feita. 

No livro de Atos, lemos que o pão era partido de casa em casa (Atos 2.46), o que nos deixa totalmente à vontade em relação a celebrá-la nas células; mas Paulo ao usar as seguintes palavras: “…quando vos reunis na igreja…” e “Se alguém tem fome coma em casa…” (1 Coríntios 11.18 e 34); revela que na cidade de Corinto a Ceia era praticada também num local maior de reunião para toda a igreja. Portanto, como nos reunimos no templo e nas casas, à semelhança dos dias do Novo Testamento, também praticamos a Ceia do Senhor nos dois locais de reunião, sendo que a maior incidência se dá no templo quando reunimos todo o corpo local.

  ACONTECE QUE É PRECISO ENTENDER A BIBLIA?

 Quando entendemos que não há uma periodicidade definida pela Bíblia quanto à celebração da Ceia; Jesus apenas disse: “…fazei isto, TODAS AS VEZES QUE o beberdes, em memória de mim” (1 Co 11.25b). Esta expressão “todas as vezes que” nos dá liberdade de fazermos quando quisermos, mas sempre em memória do Senhor Jesus Cristo. Em nossa igreja, celebramos a Ceia do Senhor mensalmente no templo, e não temos periodicidade definida nas casas.

 COMO É CELEBRADA?

 Encorajamos os líderes de célula a utilizarem um só pão que deve ser partido na hora da Ceia, e um cálice a ser dividido entre o grupo, como sinal de comunhão. Já no templo, devido à quantidade de pessoas e ao tempo de reunião, não procedemos assim; o normal é já servimos o pão cortado em pequenos pedaços e o suco de uva em pequenos cálices individuais. Na igreja primitiva, quando celebrada nas casas, a Ceia do Senhor era também chamada de ágape ou festa de amor. Os irmãos se reuniam para ter comunhão ao redor da mesa, onde tomavam suas refeições juntos; e juntamente com as refeições celebravam a Santa Ceia. Nas casas é possível cearmos de maneira informal e festiva, e é o que  devemos fazer como servos do Senhor fazermos o impossivel para que tudo saia como Paulo escreveu nas sua cartas aos discipulos irmãos.

Assencao de Jesus

Publicado: 20 de abril de 2022 em Sem categoria

E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. Atos 1:9 E levou-os fora, até Betânia; e, levantando as mãos, os abençoou. E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu. Lucas 24:50-51 E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir. (Atos 1:10-11)

sexta-feira, 8 de abril de 2022

SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO

 SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO

Publicado: 8 de abril de 2022 em Sem categoria

 

Você já ouviu a expressão luz do mundo? Ela está diretamente associada à vida de Jesus, que enquanto esteve na terra foi a luz para uma sociedade que estava em trevas. Assim como Ele, os cristãos de hoje também devem fazer a diferença onde estão inseridos, agindo de modo diferenciado com as pessoas que os rodeiam. Neste texto, quero elencar o que significa ser "sal da terra e luz do mundo" e mostrar o que a Bíblia fala sobre isso. Além disso, mostrarei algumas dicas para aplicar esse conceito diariamente. Confira! O que significa ser sal da terra e luz do mundo? De modo simplificado podemos dizer que ser sal da terra e luz do mundo representa ter uma vida que glorifica a Deus e leva outras pessoas a seguir Jesus.

Dessa maneira, todo cristão recebe esse chamado, pois ele é convocado para transformar a vida das pessoas que estão ao seu redor. Essas palavras foram ditas por Jesus no sermão da montanha e têm um significado prático para os dias de hoje. A função do sal é dar sabor para as comidas, que sem ele são insípidas e sem graça.

Uma pitada de sal pode fazer toda a diferença. Do mesmo modo, a vida do cristão deve trazer felicidade e mudança. Boas ações têm grandes efeitos, por menor que sejam. Jesus nos chamou para fazermos a diferença no mundo, assim como o sal faz com a comida. Jesus também disse que somos a luz do mundo. A luz serve para iluminar a escuridão, guiando os passos das pessoas. Ela deve estar em uma posição de destaque para conseguir iluminar o máximo do espaço.

Da mesma maneira, a vida do cristão deve iluminar os que estão em sua volta. É preciso testemunhar sobre Jesus e tirar as pessoas das trevas, conduzindo-as para o brilho de Cristo. Sendo assim, é fundamental espalhar essa luz e deixar que ela atinja quem está ao redor. O que a Bíblia fala sobre isso? Se você quer entender um pouco mais sobre esse conceito, é interessante conhecer os versículos que falam sobre isso, como: “Falando novamente ao povo, Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo".

"Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida”. João 8:12; “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”. João 9:5; “Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram.” João 1:4-5; Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.” João 12:46; “Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” Mateus 5:14-16.

Como ser luz do mundo?

Além de conhecer o conceito, também é fundamental saber como aplicá-lo diariamente na sua vida dia a dia em conviver com outras pessoas dentro e fora do seu convívio. Nós temos que conferir algumas dicas para que possamos ser dessa maneira! Manter a idoneidade a idoneidade representa o bom caráter de uma pessoa. O comportamento do cristão deve ser exemplar em qualquer contexto, seja no trabalho, na família ou em outros ambientes sociais. Desse modo, a integridade e honestidades são essenciais em qualquer momento. É preciso viver de acordo com os princípios bíblicos de justiça e retidão e amar verdadeiramente o próximo como a nós mesma.

Agindo dessa maneira, você será uma luz para as pessoas que fazem parte do seu dia a dia, pois elas confiarão na sua palavra e terão vontade em conhecer mais sobre como é que você vive. Manter uma boa relação com familiares tão importante quanto ser um exemplo para as pessoas ao nosso redor, em um mundo de hoje que o outro só pensa em se manter, más é manter uma boa relação com os familiares para que isso aconteça. As relações com a família nem sempre são muito simples, pois é normal que as desavenças e opiniões diferentes contrarie e aconteçam constantemente. Apesar dessas dificuldades, é fundamental se esforçar para manter um bom relacionamento com filhos, cônjuge e outros parentes que fazem parte do nosso cotidiano.

 É preciso controlar o temperamento, evitar brigas desnecessários e manter o clima de amor. Viver com alegria a pessoa que vive com Deus também deve viver com alegria, pois o bem-estar e o conforto vêm com o sentimento de entender o propósito de vida; portanto, é essencial compartilhar esse sentimento com as pessoas ao redor, mostrando como é bom viver com Jesus, desse modo, viver com uma fé inabalável e com a certeza da salvação em Cristo Jesus é algo que traz alegria e que deve ser compartilhado.

O vazio e a solidão que os prazeres mundanos oferecem para muitas pessoas podem ser remediados com o conhecimento da Bíblia e de suas promessas, buscar ser virtuoso outra forma de viver dessa maneira é buscar ser gentil e hospitaleiro, os valores que hoje não são prioridades para a sociedade devem fazer parte da vida do cristão, mesmo que isso seja um desafio. É preciso vontade para se desviar dos caminhos mundanos e se afastar do mal e evitar fazer o que é errado perante Deus.

Desse modo, o cristão deve trocar os prazeres mundanos, como bebidas e drogas, por conteúdos que colaboram no relacionamento com Deus. Encontrar bons livros para ler, música de qualidade para ouvir e reservar momentos de adoração e devoção diariamente são exemplos do que pode ser feito. Nesta mensagem, quero explicar o que significa ser luz do mundo e como isso pode ser feito pelo cristão. Aplicar esse conceito na vida é muito importante, mas também é necessário propagar essa luz para que outros conheçam mais sobre Jesus e as bençãos que Ele oferece; portanto, dê o exemplo com seus atos e seu testemunho e se você quer conhecer mais sobre a vida de Jesus e ser luz do mundo, conheça sobre cristianismo e espiritualidade, seja luz para o próximo em nome de Jesus.

 Deus seja glorificado por isso e continue a capacitar vocês e se tornarem "Sal e Luz do Mundo"

quinta-feira, 7 de abril de 2022

HISTÓRIAS DAS RELIGIÕES

 HISTÓRIAS DAS RELIGIÕES – A RELIGIÃO DOS POVOS PRIMITIVOS 

A religião está na base da vida de cada um povo; as relações sociais entre os homens e lhes consagra os momentos da existência. O fenômeno religioso possui uma psicológica única, determinada por aquele sentido ou sentimento que impele todo ser pensante a estabelecer uma relação intima com um espirito superior, a divindade, da qual reconhece o domínio e com a qual ama sentir-se unido.

Submetendo-se, por instintiva sujeição, as leis do Ser supremo, o homem procura estabelecer com ele as melhores relações e procura, por meio de preces, promessas e sacrifícios, esconjurar-lhe a cólera e obter-lhe a proteção.

Todavia, se o senso ou sentimento é fenômeno humano e social comum a todos os povos da terra, os modos de imaginar a divindade, os ritos e as práticas individuais para propicia-las, foram e são diferentes entre civilização e civilização, entre povo e povo.

 O ESTUDO DAS RELIGIÕES E AS VÁRIAS ESCOLAS

Em busca das origens da fé e de suas várias manifestações, pretende o Estudo das Religiões pesquisar, como sempre o fez em todos os tempos, com o maior interesse. Poder-se-ia até dizer que tal pesquisa segue o processo geral do pensamento humano, mesmo se associando a outros estudos e completando-se com eles.

Entre os historiadores da antiguidade, que se ocuparam com a religião dos povos, deve-se citar Herôdoto (séc V, a.C.) que descreve estranhos cultos praticados em longínquos países, assimilados, como afirmaria mais t6arde Plutarco, pelo mundo greco-romano.

Outro historiador notável é Agostinho ou Santo Agostinho que, em “De Civitate Dei”, ao defender a verdade cristã, examina, embora brevemente, as demais religiões. Com a Renascença e com as grandes descobertas geográficas, aumentou a curiosidade de estudar ouras diferentes religiões e suas manifestações religiosas, também em relação as populações cuja existência recentemente se conhecera. Todavia, um verdadeiro e próprio estudo das religiões cientificamente aprofundado, teve início somente no início do século XIX, que viu a vitória da pesquisa cientifica em todos os campos do saber humano.

 No oitocentos, graças às pesquisas e aos documentos fornecidos por filósofos, teólogos, historiadores, arqueólogos e etnólogos, foi finalmente possível, com um processo ordenado e sistemático, reconstruir o desenvolvimento dos fenômenos religiosos. No intuito de integrar tais pesquisas, os estudantes dirigiram sua atenção para aquilo que os missionários e os exploradores vinham relatando sobre os costumes dos povos selvagens com quem estiveram em contacto, considerando que este poderiam ser os continuadores de concepções pré-históricas ainda existentes.

Em uma época distante de nós talvez milhares de séculos, os homens, impressionados por imanes fenômenos da natureza, conheceram, por inata disposição mental, a existência de um Ser supremo, dominador do céu e da terra. Esse instintivo censo do divino guio-lhes o espirito para a piedade religiosa e para a concepção do bem e do mal”. 

“A prova que o senso de divindade é inerente a cada individuo no-la fornecem os selvagens, que vive nos mais remotos recantos da terra, desde o Yamanas, habitantes da Terra do Fogo a região mais meridional do globo, às mais nórdicas populações do Ártico. Os Yamanas invocam o Ser supremo chamando-o Watauinewa e Hitapuan, nomes que significam “Pai, meu pai, pai meu”

Surgiram, assim, várias escolas e teorias, cada uma delas procurando explicar a seu próprio modo as origens das religiões. Para citarmos somente as mais importantes, mencionaremos a Escola Filológica, assim denominada porque seus representantes se restringiam a documentação literária (e por isso muito avançada em confronto aos primitivos), relativo aa às religiões indo-europeias; segundo o maior expoente desta escola, Muller, o sentimento religioso teria despertado no homem sob a impressão do sentidos dos fenômenos da natureza; a religião teria sido percebida, ao início, de maneira vaga, sem uma precisa concepção de divindade (Enoteísmo) e somente sucessivamente as passaria a concepção de um Ser supremo de ilimitado poder (Monoteísmo) ou de varias potencias (Politeísmo) com florilégios mitológicos.

Mas a teoria aguentou muito parcialmente a crítica porque, se podia ser considerada válida para os povos indo-europeus de cultura mais adiantada, não se poderia aplica-las as populações inferiores e primitiva do mundo todo. Em meados do sec. 19, sob a influencia do Evolucionismo materialista (teoria defendida por cientistas como Darwin e von Naegeli) surgiu a Escola Antropológica, que sitiou as religiões na base das observações sobre selvagens viventes.

Segundo teorias expressas por essa escola, algumas práticas religiosas em uso entre os selvagens encontram-se ainda hoje entre povos que alcançaram alto grau de civilização. Isso significaria que religiões superiores teriam superiores teriam evoluído após passares por um estágio inferior de que as citadas sobrevivências seriam a prova.

Em nítido contraste com a Escola Antropológica está à Escola Histórica, a qual não admite pressupostos nem conclusões teóricas, mas exigem que os estudiosos enfrentem a pesquisa baseando-se exclusivamente na realidade histórica dos documentos e sigam um processo lógico, despido de preceitos. O mérito dessa escola é ter trazido à luz o fato de que também entre populações viventes, em um estado ínfimo de civilização, se encontram concepções religiosas puras e elevadas.

Outra contribuição ao estudo geral das religiões foi dada pela Escola Sociológica, a qual pôs em relevo a influência que a sociedade religiosa exerce no indivíduo e reconheceu a tendencia de toda religião em organizar-se em comunidade (ou seja, em igreja). Foi, ao invés, segundo a qual a religião não seria mais do que um fenômeno social e, o “senso da divindade”, uma necessidade das massas e não do indivíduo.

 

COMO SE DISTINGUEM AS RELIGIÕES DO MUNDO (Caracteres comuns)

Quem queria traçar um quadro das religiões do passado e do presente deve, antes de tudo, classifica-las em duas (2) categorias:

Religiões inferiores, entendendo-se por “inferiores” aquela mais pobres de conteúdo espiritual, caracterizadas pelos seus ritos rudes e superstições, e religiões superiores, inspiradas em conceitos morais e sustentadas por elevados princípios dogmáticos.

Outra diferença de capital importância é aquela que diz respeito à concepção do Ser divino, pelo qual se distingue as religiões monoteístas daquelas politeístas. No Monoteísmo, realmente, a divindade não só como uma, mas como exclusiva. Somente de seu poder, que é ilimitada, depende a origem do mundo e de sua existência; somente dela se aguarda o juízo final para todas as obras terrenas. Diferente é a Monoteísta, que, mesmo admitindo várias divindades, dirige o culto a fé. Mas uma concepção não exclui necessariamente a outra e até se encontram, geralmente, associadas sem contraste algum.

Entretanto, na base de qualquer forma de culto, subsistem alguns elementos comuns, que se encontram seja nas religiões do passado seja naquelas do presente e nas religiões inferiores bem como naquelas superiores:

1)      A concepção de uma ou mais divindades, superiores e independentes de qualquer forma humana;

2)      O conceito de sagrado, pelo qual a divindade é respeitada e venerada. A ela se deve completa submissão e com ela se deve completa submissão e com ela é possível comunicar-se espiritualmente;

3)      A função religiosa, pela qual se adora e se propicia a divindade;

4)      O oficio de um sacerdote, que superintende ao culto e ao qual e confiada a custodia e transmissão da fé;

5)      O sacrifício, que pode ser material ou espiritual (espiritual), e que é efetuado tanto para expiar os pecados como para impetrar graças;

6)      O lugar sagrado, ligado ao culto, que pode encontrar-se tanto ao ar livre como em local fechado (templo).


Fonte de pesquisas: Encliclopédia Ilustrada Trópico, vol. 8 pag 1369 doc 403. De acordo com a lei 9.610/98, 19/02/1998. Seu conteúdo traz lista das obras protegidas a criação e direitos autorais, ou também se trata sobre o tema como o Decreto Nº 9.574/18