O prazer, físico e espiritual, é uma das sensações mais perseguidas pelo ser humano. Quem não gosta de sentir satisfação pela auto-realização, por uma conquista amorosa ou então sentir o deleite proporcionado pela diversão? Não há mal nenhum em ter essas sensações, elas podem servir de motivação para as pessoas prosseguirem em sua jornada da vida, elevando sua auto-estima. No entanto, por proporcionar essa sensação extremamente agradável, o “vento do prazer” é capaz de desviar as pessoas facilmente de seu curso, tirando-as do chão da realidade e erguendo-as “às nuvens”.
Influenciadas por muitos valores impostos pela sociedade consumista, as pessoas vestem roupas, fumam cigarros e bebem cerveja de determinadas marcas em troca do prazer ilusório que eles oferecem. A competição fomentada por essa sociedade também leva muitas pessoas ao extremo de sentirem prazer pela desgraça alheia. O culto ao corpo, à beleza estética e ao prazer pelo sexo são outras fortes influências exercidas pela sociedade.
Nesse sentido, se a pessoa não despertar para a transitoriedade do “vento do prazer”, quando a sensação de satisfação acaba, tende a se sentir totalmente vazia e sem um propósito de viver. No
budismo NITIREN há o princípio chamado “desejos mundanos são iluminação”, segundo o qual o desejo e, conseqüentemente o prazer vinculado a este, não precisam ser extintos para se atingir o estado de Buda. Para tanto, é necessário que esse desejo seja direcionado positivamente, para a construção e consecução de um bem maior, como por exemplo, a felicidade da humanidade e a paz mundial.
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