Patrícia foi assassinada quando chegava a sua casa, em Niterói
Foto: Reprodução
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, condenou nesta sexta-feira o "brutal assassinato" da juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), e disse que as autoridades policiais devem promover "a rápida apuração dos fatos e a punição rigorosa dos responsáveis por este ato de barbárie".
A magistrada, conhecida por seu rigor na atuação contra grupos de extermínios formados por policiais militares, foi morta a tiros nesta quinta-feira quando chegava em casa em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
"Em nome do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Poder Judiciário, repudio o brutal assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli. Crimes covardes contra a pessoa de magistrados constituem atentados à independência do Judiciário, ao Estado de Direito e à democracia brasileira. A preservação do império da lei em nosso País exige a rápida apuração dos fatos e a punição rigorosa dos responsáveis por este ato de barbárie", disse Peluso em nota.
Para o presidente da Suprema Corte, Patrícia Acioli "deixa uma lição de profissionalismo, rigor técnico e dedicação à causa do direito".
Juíza estava em "lista negra" de criminosos
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados pelo menos 15 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.
Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.
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